segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010





Inaugurada em 4 de janeiro de 1958, a Rádio Eldorado já tem solidificada uma marca
ligada à inovação e à boa música. Configura-se como uma emissora preocupada não só
com a qualidade da notícia e da música, mas também com questões sócio-ambientais e
qualidade de vida. São cinco décadas nas quais a “rádio dos melhores ouvintes” leva ao
ar informação, música, entretenimento e cidadania, com atitude e credibilidade. Há mais de vinte anos possui em sua programação especiais sobre meio ambiente, esportes de aventura em contato com a natureza, sempre com o objetivo de criar hábitos saudáveis e socialmente responsáveis nos ouvintes. Destaques para a Campanha de Despoluição do Rio Tietê, para o Projeto Pintou Limpeza e para os programas Planeta Eldorado e Derrubando Barreiras. A emissora é a primeira rádio a compensar suas emissões de gás carbônico (CO2) por meio do plantio de árvores nativas da Mata Atlântica. O ano de 2007 marcou algumas inovações que devem concretizar um projeto nacional para a emissora: a criação da Rede Eldorado e a parceria com a ESPN para a transmissão de eventos esportivos. No ano passado, entre outros prêmios, a Rádio Eldorado recebeu o prêmio APCA 2007 em três categorias, incluindo o “Grande Prêmio da Crítica”.

http://www.radioeldorado.com.br/

O RÁDIO DO FUTURO





Está mais do que na hora de reinventarmos esse importante veículo de comunicação de massa. A partir da internet e do advento de mil e uma novidades tecnológicas, o rádio requer sim fórmulas inovadoras de programação, em que o conteúdo esteja em primeiro lugar. E que surjam criações que se ajustem aos novos caminhos da Tecnologia da Informática. Caros Ouvintes abre espaço nesta coluna para uma importante exposição de idéias, reunindo nomes da comunicação de todo o país. Expressam suas opiniões aqui nossos convidados do eixo RS/SC/PR/SP. Gente que está na ativa, gente que já fez rádio, professores de comunicação, sobretudo apaixonados que, como nós, se preocupam com o novo tempo que há de vir. Era que vai exigir conteúdo consistente de programas e muita criatividade para abastecer os novos formatos de áudio.

De São Paulo, opinião de Mariza Tavares, jornalista diretora-executiva da Rede CBN:
“Não tenho dúvida de que o rádio e, mais especificamente, o radio-jornalismo, vive um período que poderia ser chamado de Renascença, exatamente como os livros de História definem as transformações entre o final da Idade Média e a transição para a Idade Moderna. E o principal aliado do rádio é a tecnologia, que permite que este seja
o veículo mais bem apetrechado para a demanda contemporânea por informação em tempo real. Basta um celular e temos um repórter ao vivo, no ar, com a instantaneidade da notícia exigida por ouvintes cada vez mais exigentes. Além disso, a internet abre perspectivas totalmente novas para o rádio, que poderá, finalmente, se
liberar de limitações como as concessões de freqüências. O rádio na internet já é uma realidade e, à medida que o streaming se tornar mais acessível, estará disponível para um número cada vez maior de ouvintes-internautas que não só poderão ouvir, mas também produzir conteúdo. Posso dar o exemplo da CBN: além das nossas
emissoras e afiliadas, estamos na internet não só para sermos ouvidos em tempo real, mas com a opção de sermos vistos, já que dispomos de câmeras nos estúdios de São Paulo e Rio de Janeiro. E os conteúdos ficam arquivados no site: comentários, boletins e entrevistas podem ser degustados on demand, quando o ouvinte desejar, havendo ainda a opção de esses arquivos serem baixados em podcast. Estamos no limiar da reinvençãodo rádio.”

Do Rio Grande do Sul, opinião de Cezar Freitas, gerente de jornalismo da Rádio Gaúcha de Porto Alegre:
“Sob o ponto de vista tecnológico, a transmissão digital não está num horizonte próximo. Considerando o conteúdo que fazemos na Rádio Gaúcha, vemos uma preocupação cada vez maior com a qualidade. Uma combinação de informação ágil e precisa com jornalismo que contribua com o debate e aprofundamento das
questões importantes de nossas comunidades. Aliás, a proximidade com o ouvinte passa cada vez mais a ser determinante na discussão da pauta ou na multiplicação dos pontos de contato e interação com o público. Seja por meios que as novas tecnologias oferecem ou mesmo pela aproximação física de nossos comunicadores em
programas ao vivo mais próximos de nossos ouvintes. Lembrando que nossas “rádios” são captadas não só por receptores tradicionais, mas por diversos equipamentos capazes de receber nosso produto, como Ipods, computadores, celulares. O rádio ganha novas formas de prestar serviço. E novas exigências do público.”

Do Paraná, opinião de Gilberto Fontoura, ex-diretor das rádios Independência AM, e FMs Brasil 104 e Globo 98 e atual Consultor de Rádio:
“O rádio do futuro é o rádio da segmentação. O rádio serviço, o rádio jornalismo, o rádio de prestação de serviços. O rádio das praias para operar em áreas limitadas. O rádio polícia em que os policiais conversem entre si. O rádio meio ambiente, tempo, clima, catástrofes, crimes contra a natureza. O rádio rural. O rádio Jazz-Rock-Blues. O rádio SOS. Mas acima de tudo o rádio com produção, muita produção, direção, gerenciamento. O rádio celebridades. Em São Paulo, eu faria, até, o Rádio Corinthians.
Importante: criação, imaginação. Cabeças pensando sempre. E limpeza total, absoluta, do dial: Xô pastores, xô políticos, xô sertanejão (isso é uma praga – aliás, acabo de comprar um CD da Maysa…). Rádio bossa-nova. E rádio Governo, tudo bem.
Rádio internet (como a rádio UOL, incluindo todas as prestadoras) . Pode ficar a Rádio Senado, Rádio Congresso.
Fundamental é uma varredura acabando com a mediocridade. E, claro, em cima disso mil idéias, arranjos, produções sem parar”.

De Santa Catarina, opinião de Antunes Severo, sócio fundador e primeiro presidente do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia. Professor de comunicação:
“O rádio nasceu como técnica. Com o radioamadorismo, virou meio social. Como meio social, é a força da radiodifusão. Hoje é o amigo oculto que está presente em todos momentos. É impossível ser solitário ao lado de
um radinho. O rádio estará cada vez mais presente na vida das pessoas, porque ele é a alma da comunicação.”

De São Paulo, opinião de Álvaro Bufarah, jornalista, especialista em política internacional, mestre e pesquisador
sobre rádio. Coordenador da Pós-Graduação em Produção e Gestão Executiva em Rádio e Áudio Digital da FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado:
“Diante do processo de digitalização do áudio, o rádio passa a ter uma grande gama de possibilidades na plataforma multimídia. Nela, o ouvinte ganha status de usuário e passa a interagir mais com a programação das emissoras. Além disso, temos um processo de segmentação que favorece as emissoras em terem novos canais
de áudio diferenciados para públicos cada vez menores. Para a sobrevivência empresarial diante desse processo, as rádios deverão investir em tecnologia, mas buscar a qualificação de seus profissionais para que atuem com
criatividade utilizando as características básicas do meio radiofônico (imaginação, suporte sonoro para ambientação de ações, baixo custo, agilidade etc.). Para este novo mercado, precisamos de novas formas de gestão de recursos financeiros e de pessoas. Precisamos reaprender a fazer rádio.”


FINAL,DOIS PONTOS :

1. Acredito na grandiosa gama de possibilidades técnicas e de conteúdo do rádio para enfrentar os novos tempos
e
2. Tenho esperança de que os radiodifusores façam investimentos de grande monta na aquisição de equipamentos técnicos e na formação de novos profissionais.

Fonte: http://www.carosouvintes.org.br

Rádio é o meio de comunicação cada vez mais utilizada por chineses





RÁDIO É COMUNICAÇÃO

Quando o assunto é alta tecnologia, a China tem tudo. Mas no país com o maior número de internautas do mundo, algumas pessoas estão optando por se manter em contato por meio de uma tecnologia mais antiga : o RÀDIO.
Armados de antenas, transmissores e receptores, crescente número de radioamadores chineses enviam mensagens codificadas ou fazem transmissões simples, na esperança de obter uma resposta. Dos 3 milhões de radioamadores do planeta, cerca de 90
mil vivem na China, de acordo com a Chinese Radio Sports Association, que supervisiona o licenciamento dos praticantes do hobby no mais populoso país do mundo. Para os membros do Beijing Sunny Radio Club, um final de semana perfeito significa vasculhar as freqüências de rádio e conversar com entusiastas do radioamadorismo em outras cidades e até em outros continentes. O estudante Wang Ranning, 15, é adepto do radioamadorismo há mais de quatro anos e o considera “encantador”.
“Os seus sinais podem chegar a uma pirâmide no Egito, ao Pentágono, nos Estados Unidos, passando pela Califórnia ou qualquer outro Estado antes de enfim atingirem uma pequena família na costa leste norte-americana”, disse Wang. Mais a
leste, Liu Jinsheng, o primeiro radioamador na cidade costeira de Qingdao, pondera que “nós só fomos autorizados a nos comunicar com os milhões de outros fãs mundiais do radioamadorismo depois que a China se abriu”. “Posso me comunicar
com pessoas distantes com uma simples antena. É diferente de usar a Internet, porque você depende de outras pessoas”, disse.
Com equipamentos ao preço inicial de apenas 200 iuans (30 dólares), o hobby é acessível para muitos dos chineses urbanos. E embora o número de radioamadores da China dificilmente deva rivalizar com os 340 milhões de usuários de Internet que
existem no país, seus praticantes ainda assim têm conseguido se comunicar com partes distantes do mundo.

Fonte: Reuters, em Pequim

TOME A PÍLULA DO RÁDIO





Assim como você toma um remédio para cada tipo de doença, aproveite e tome a pílula do rádio que você precisa.

PÍLULA DA PROXIMIDADE. O rádio fala com “você” em especial. A interação é individual entre ouvinte e locutor.

PÍLULA DA RAPIDEZ. A agilidade na informação conquista o ouvinte, que pode acompanhar um fato pelo rádio no momento em que ele acontece.

PÍLULA DA INFORMAÇÃO. O rádio é uma fonte ágil de informação, principalmente a local.

PÍLULA DA CIDADANIA. O rádio pode ser usado para ajudar o país a superar problemas graves como os altos índices de analfabetismo, pobreza e falta de informação.

PÍLULA DA EMOÇÃO. Sem imagens, o locutor te que improvisar e dar mais vibração a cada assunto comentado.

PÍLULA DO PRESENTE. O seu dia pode mudar após ganhar um brinde da sua rádio favorita.

PÍLULA DA PUBLICIDADE. É interessante saber o que se passa no comércio da região onde você mora e aproveitar os melhores preços.

PÍLULA DO SHOW. Como é legal saber que aquele show que você queria tanto assistir agora vai estar na sua cidade.

PÍLULA DO ENTRETERIMENTO. Não acredito que exista outro meio mais democrático de diversão para todas as classes sociais como este.

PÍLULA DO PASSATEMPO. O Rádio pode servir também de fonte de distração.

PÍLULA DA AMIZADA. O Rádio é um amigo. O locutor torna-se um conselheiro.

PÍLULA DA SOLIDARIEDADE. O rádio também serve de canal para uma família ajudar a outra mais necessitada.

PÍLULA DA CULTURA. O rádio dá instrução grátis. Você pode aprender qualquer coisa com o rádio,em casa e de graça.

PÍLULA DA ATRAÇÃO. O rádio possui um magnetismo próprio, característica única como veículo de comunicação. Por não podermos ver nosso interlocutor, o imaginamos do nosso jeito, da forma que gostamos. É nessa liberdade de pensarmos da nossa maneira, que ele nos conquista.

Viu só? Onde mais você pode aprender, você pode se emocionar, ganhar presentes, programar o fim de
semana, se divertir, conversar, conhecer, rever pessoas e pedir ajuda? Tudo isso sem pagar nada? Só
mesmo no rádio.

Fonte: Caros Ouvintes.

O VELHO E BOM JORNAL IMPRESSO E ACOMPANHEIRONA RÁDIO AM




Segundo um estudo da empresa de consultoria Pricewaterhouse Coopers os jornais impressos têm preferência dos leitores quando defrontados com a versão online. Foram ouvidas 4,9 mil pessoas de sete países. Cerca de 60% dos leitores, entre 16 a 29 anos preferem ter os jornais em mãos ao invés das edições digitais. Esta preferência é mais acentuada entre os leitores com idade acima dos 50 anos. Nesta faixa etária, a preferência pela edição impressa supera os 73%. A pesquisa foi realizada nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suíça, mas pode estar muito próxima da realidade brasileira também. É claro que leio noticias pela internet e a consulto diariamente. Mas ainda prefiro a consistência do jornal impresso, o ritual de seu manuseio, a escolha das noticias e o contato com seus editoriais. É claro também que as novas gerações tendem a preferir a internet se os jornais impressos não criarem novos atrativos para formar novos leitores.
Esta informação me remete ao Rádio AM que, como o jornal impresso de hoje, já teve seu fim anunciado diversas vezes. Primeiro, quando veio a televisão. Depois com a chegada da FM e agora com a internet. Se fosse feita uma pesquisa como essa sobre o meio rádio, tenho certeza que as rádios em AM, ganhariam com grande vantagem sobre os outros formatos. O rádio AM, por sua história e tradição é mais consistente. Seus programas têm mais conteúdo, seus comunicadores são mais envolventes, é aonde o ouvinte interage livremente, sem as amarras e
restrições dos outros formatos. Outra vantagem do AM é sua característica mais humana, próxima da nossa realidade. Na verdade há certo desprezo pelo rádio AM, como se fosse um veículo menor, inferior e assim é tratado, inclusive pelos radiodifusores que alegam custos altos, som ruim e tecnologia ultrapassada. Muitos
comunicadores também acham isso e as fábricas de receptores também. Com o advento do Rádio Digital criou-se uma expectativa positiva, de que rádio em AM teria mais alcance e a qualidade de FM. Expectativa frustrada, pelo menos até agora.
Creio que será preciso um freio de arrumação para recolocar o rádio AM em seu lugar. Uma parceria entre comunicadores, radiodifusores, agências de propaganda e especialistas em marketing. Como uma FÊNIX, o rádio AM vai renascer, com a força de sempre, para continuar encantando os ouvintes de todo país e de todas as
idades, sem preconceito.

Fonte: http://www.carosouv intes.org. br

A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO



Por Antonio Paiva Rodrigues

Um fiel escudeiro, cheio de surpresas, uma caixinha que fala que encanta as crianças na mais tenra idade. Certa vez notamos o espanto de um adolescente quando indagava: “Como pode essa caixinha falar”? Não
tem fios e mesmo assim funciona. Era o milagre da tecnologia quando do lançamento do rádio portátil, do rádio a pilha. Algumas crianças chegavam a balbuciar milagre, milagre, milagre. O rádio sempre foi e será um fiel escudeiro do homem. A voz encanta, corta a noite, as madrugadas frias e calorentas, encanta no verão, no inverno e em todas as estações do ano. Lança ao ar belas melodias, através das ondas curtas,médias e de freqüências moduladas. É sempre agradável a companhia do rádio, seja grande ou pequeno, ele transmite os grandes espetáculos, as grandes tragédias e assim vamos nos inteirando do que acontece.
O rádio aproxima os povos, desperta a atenção por línguas diferentes e nos leva a imaginar como será a vida em determinados países. Senhoras e senhores nosso alô, estamos no ar, tudo bem! Uma voz bela e
suave soa do outro lado, mas bem junto de nós. “O rádio provoca uma aceleração da informação que também se estende a outros meios. Reduz o mundo a uma aldeia (....). Mas, ao mesmo tempo em que reduz o mundo da dimensões de aldeia, o rádio não efetua a homogeneização dos quarteirões da aldeia.
Bem ao contrário”. Ganhar contornos lentamente, popularizar as transmissões, essa era a missão inicial do rádio. Embora a indústria fonográfica já existisse desde o final do século 19. Elba Dias da Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro se tornava musa do rádio. Incentiva cantores nessa fase embrionária e daí nascem figuras exponenciais como Francisco Alves e Mário Reis. Surge então o interesse pela produção
de discos e de espetáculos. O popular vai dando lugar ao erudito, a publicidade começa dar o ar da sua graça, fazendo com que Roquette-Pinto e Henry Morize dessem um largo passo para a massificação pela busca incessante de anunciadores. A publicidade surge oficialmente no dia primeiro de março de 1932,pelo Decreto 21.11, que estipula o máximo de 10% de veiculação comercial sobre toda programação da
emissora. O elenco fixo no rádio surge pelos idos dos anos 1930. É o tempo dos artistas exclusivos, das rádionovelas, dos programas humorísticos e dos programas de auditório. Surge então à comunicação de massa em 1940, no Estado Novo. A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, alça o rádio à condição de veículo de massa, conforme o gosto dos ouvintes, sempre na busca excessiva dos grandes comerciais. A radiodifusão é uma palavra de nossa língua equivalente em inglês a broadcasting, cuja sinonímia está relacionada a algo como semear aos quatro ventos. É isso que o rádio faz: emite sinais através de ondas eletromagnéticas. Existe diferença entre rádio e radiodifusão? Sim. Radiodifusão compreende os dois veículos – televisão e rádio – que transmitem por meio de ondas radioelétricas, as notícias, os programas etc., destinados à recepção pública. Compreende a radiodifusão sonora ( o rádio) e a radiodifusão de sons e imagens (a televisão). Enfim, é a radiocomunicação. O rádio tem aspectos diferenciados, como radiofonia, onde se destacam o radioator e radiocultura. Pode ser também um meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a
audiências numerosas. A radiotelefonia, a transmissão de voz sem fios, se convencionou chamar de rádio.
Isso pelos idos de 1916, quando o russo radicado nos Estados Unidos da América no Norte David Sarnoff, anteviu a possibilidade de cada indivíduo possuir em sua casa um aparelho receptor. Com audiência ampla, heterogênea e anônima sua mensagem é definida por uma média de gosto e tem quando transmitida, baixo retorno (feedback). Os estudiosos Rabaça e Barbosa afirmam ainda ser o rádio um veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação.
Música, notícias, discussões, informações de utilidade pública, programas humorísticos, novelas, narrações de acontecimentos esportivos e sociais, entrevistas e cursos são os gêneros básicos dos programas. Os serviços de radiodifusão – rádio e televisão – são prestados mediante concessão do Estado,
que considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamento e normas.

Artigo publicado no site: www.carosouvintes.org.br

O QUE ACONTECE COM O RÁDIO?

Por Ubiratan Lustosa


O Rádio brasileiro passa por grandes dificuldades. A coisa vem acontecendo faz tempo e se avoluma cada vez mais. Além da enxurrada de concessões feita por diversos governos, há outros problemas a considerar. Primeiro, alguns radiodifusores
deixaram sucatear os transmissores de Ondas Curtas. De repente começaram a se desfazer deles. Os tradicionais ouvintes dessa faixa ficaram a ver navios. Depois, deixaram que deteriorassem os transmissores de Ondas Médias, e passaram a arrenda-los
ou vende-los para empresas que modificaram estruturalmente as programações das emissoras. E aqueles fiéis ouvintes das Ondas Médias foram desrespeitados. Tudo isso baseado na falsa premissa de que não há mais ouvintes para esse tipo de transmissão; os ouvintes de agora preferem o rádio pela internet, dizem eles. Tolo engano. É imensurável o número de ouvintes das Ondas Médias, gente que gosta até do seu som característico (os DEXISTAS que o digam) e lá nos cafundós do interior brasileiro há muita gente lamentando o desaparecimento de certas emissoras de Ondas Curtas.
Sintonizando-as tinham diversão e ficavam informados sobre o que acontecia no Brasil e no mundo. Gente humilde, não tem contato com os computadores. Mas ouve rádio. (Engraçado, se não há mais ouvintes por que alguém as arrenda ou compra?) Nessa leva de novos radiodifusores, vieram muitos sem qualquer afinidade com o meio radiofônico, comprometidos apenas com interesses políticos ou religiosos.

Nada contra suas preferências políticas ou crenças religiosas. Nada contra terem emissoras de rádio desde que não desfigurassem as características primordiais à boa radiofonia e que não entregassem as emissoras nas mãos de ineptos em substituição aos profissionais autênticos e competentes. Ao mesmo tempo em que isso vem acontecendo, o mercado de trabalho vai escasseando e muitos profissionais perderam seus empregos. A radiofonia foi invadida por muita gente totalmente
destituída de requisitos essenciais à atividade radiofônica: a sensibilidade e o talento. Nem todos servem para essa profissão.

Essa degringolada causada por esses novos e improvisados radiodifusores e radialistas ocasiona uma série de inconveniências. As emissoras perdem a sua identidade, deixam de dar atenção preferencial à cidade em que se encontram, ao estado a que pertencem. Sua finalidade é desvirtuada. Gera-se desemprego para os verdadeiros profissionais do ramo. Ao obter a concessão para se instalar uma emissora de rádio, assumem-se compromissos explícitos junto ao poder concedente, e implícitos com a população da cidade/estado onde a emissora é instalada. Por isso, se for legal não é correto esse “aluguel” de prefixos que vem ocorrendo, por ser contrário aos interesses das populações locais que na emissora de sua cidade passam a ouvir notícias e assuntos que não do seu interesse, mas de interesse dos que moram em outras cidades/estados. É, no mínimo, uma desconsideração o que o velho DENTEL não permita. Não sei agora. E para aqueles que acham que os ouvintes estão sumindo,
um pequeno lembrete: Para cativar a preferência popular a emissora precisa de um som aceitável, o que se obtém com bom equipamento e um técnico competente. Em seguida, é imprescindível uma boa programação, o que só é possível com profissionais do ramo, talentosos, sensíveis, capazes de captar o gosto popular na região m que atuam. Como manter isso? Com bons contatos (corretores) integrando um departamento comercial eficiente. E para cumprir a finalidade da radiofonia, basta seguir o velho lema do Rádio: DIVERTIR EDUCANDO, EDUCAR DIVERTINDO. Quem se acha incapaz de fazer isso não
deve entrar nesse ramo.

O RÁDIO AM E O DESPREZO DA SOCIEDADE





Um dos grandes problemas enfrentados pelo rádio AM nos dias de hoje é o desprezo
promovido pela sociedade, que não tem tido a preocupação necessária com seus rumos,
nem fiscaliza as emissões, nem exercita uma visão crítica do que se passa nas
programações. Outro problema é a falta de apoio dos órgãos de publicidade, que não aplicam planos de mídia adequados para conquista de público, nem rediscutem o
problema das verbas publicitárias, que muitas vezes vão para o rádio de forma
minguada e baseada, não em critérios técnicos, e sim, em discursos do tipo “vou fazer
esta propaganda para o ajudar”. Em muitos casos, temos também a falta de preocupação
dos jovens com a programação de qualidade – preferem alienadamente uma programação musical, sem teor cultural nem informação, promovida pelo rádio FM. A formação de locutores também é um problema, pois apesar dos programas dos cursos serem baseados nos ideais de uma programação ética e de qualidade não há fiscalização das ações dos novos radialistas que, ao fazerem programas arrendados, dizem o que querem ou o que lhes mandam dizer.

Ética e cidadania

Outro exemplo de descaso são nos novos aparelhos de mídia, como Mp4, Ipod, Mp3 e outros equipamentos de som que são desprovidos da faixa AM, o que prova um descompromisso e um desconhecimento da importância do rádio AM na história do
nosso país e na reunião da sociedade nos grandes eventos político-culturais de nossas
comunidades. A luta pela valorização do Rádio AM tem que ser bandeira dos grupos
organizados de nossa sociedade, sejam cursos de jornalismo e publicidade, seja a
Associação das Emissoras, Sindicatos de Jornalistas e Radialistas, assim como todos os grupos que precisam defender uma comunicação livre, democrática e, sobretudo, digna e ética. É urgente criar projetos que procurem formar novos ouvintes que exerçam sempre um uso crítico deste meio de comunicação para que a forma como o rádio vem sendo feitos seja questionada e todos os usuários deste meio de comunicação sejam respeitados tanto na mensagem que vem até eles quanto no tipo de programação que lhes é apresentado. É importante que se façam fóruns, debates e discussões sobre o meio rádio em todos os cursos de comunicação e que a formação de locutores seja baseada em conteúdos de ética, solidariedade, respeito ao próximo, cidadania e desenvolvimento de práticas sociais consistentes para melhoria do nível cultural de nosso povo.

Atenção e renovação

É de grande alvitre que se fomentem ações que tenham como missão o fortalecimento
do meio rádio no tocante às emissões e ao aparelhamento técnico das rádios para que
haja qualidade dos programas tanto no aspectos operacionais como nos discursos
proferidos pelos radialistas, que muitas vezes emitem mensagens preconceituosas, de
atrelamento político subserviente e de desrespeito aos que buscam este meio de
comunicação. O rádio é um grande meio de comunicação precisando ser respeitado
tanto pelos que nele trabalham quanto pelos que ouvem e esse respeito é traduzido na
participação do ouvinte, que deve ser concisa, séria e desatrelada de interesses. Os que hoje se dizem proprietários das emissoras precisam investir na programação buscando modernizar os estúdios e dota-los de equipamentos que permitam uma emissão
qualificada para que as pessoas entendam o que têm nos programas e compreendam o
conteúdo de cada programa. O respeito ao rádio deve ser buscado pela sociedade, pois o rádio sempre foi e será um meio de comunicação dos mais versáteis e dos mais
importantes no quesito de chegada ao povo e na certeza de uma comunicação
instantânea, rápida e extremamente popular. Precisamos defender o rádio que fala nossa linguagem, que emite nossa cultura e diz os anseios do povo. Devemos rechaçar as emissões importadas e valorizar a programação local no sentido de que os que ouvem
rádio precisam saber de sua terra, seus problemas e as possíveis soluções – o rádio
precisa ser regional tanto na programação quanto nas iniciativas. O rádio é nosso,
precisa ser reconhecido como nosso e merece, sobretudo, atenção, renovação e busca da
qualidade para o bem de todos e melhoria de nossa sociedade.”

Por Francico Djacyr Silva e Souza Observatório da Imprensa

USANDO UM RADIO DE ONDAS CURTAS





Alguns radio escutas compram os mais caros rádios que podem adquirir mas se vêem desapontados quando não conseguem ouvir certas estações e outras coisas que querem ouvir. Acreditando que é deficiência do receptor, vendem para outros praticantes de escuta. Alguns meses depois, o proprietário original do receptor observa em boletins de clubes DX que o ouvinte que comprou seu receptor o está utilizando para ouvir todo tipo de DX raro. A explicação é porque é necessária habilidade para extrair o máximo de um rádio. Esta habilidade envolve o reconhecimento das condições de recepção e ser capaz de ajustar os controles do radio e suas características para a melhor recepção sob aquelas condições.

Usar um radio de ondas curtas, especialmente um modelo de comunicações, mostra que um conjunto de habilidades é necessário para obter o máximo desempenho, e para isto, é necessário tempo e esforço. Um radio escuta experiente usando um receptor mediano irá consistentemente obter melhor recepção, particularmente de sinais DX, que um inexperiente usando um radio de comunicações estado-da-arte.

Um ponto a ser entendido, é que o receptor não pode fazer tudo por si só. Um bom receptor deve ser conectado a um bom sistema de antena, devido ao receptor poder apenas trabalhar os sinais providos pela antena. E como podemos observar com o estudo da propagação, as condições de recepção representam a parte mais importante na determinação de se poder ou não ouvir uma estação. Estes condições mudam de estação do ano para estação ( e até de dia para dia ) e determina os limites reais do que é possível ouvir. Por exemplo, independente de quanto bom seja o receptor e a antena utilizada, será impossível ouvir uma estação da África em 90-metros durante a tarde aqui no Brasil.

A melhor forma de usar os controles do radio de ondas curtas varia com as condições de recepção e os sinais que se tenta captar. O uso correto do AVC/AGC de um radio e do branqueador de ruídos pode determinar se será possível entender o sinal ou não. O mesmo se aplica para o controle de ganho de RF. Por exemplo, muitos radio escutas encontram recepção melhor em SSB que se abre todo o volume de áudio do receptor e se usa o controle de ganho de RF como um controle de "volume". Este técnica não funciona com todos os receptores ou sinais, mas é o tipo de coisa que precisa ser aprendida através da experiência e pratica.

A seleção da largura de banda adequada é algo a ser aprendido com o tempo. É possível, por exemplo, sintonizar uma sinal AM de 6 kHz de largura usando um filtro de 2.7 kHz sem recorrer à técnica ECSS. Isto é feito através de sintonia de forma a receber a portadora AM original e um pedaço de uma das bandas laterais. Isto resulta em um áudio "cortado" e com perda de fidelidade, mas pode significar a diferença de um sinal legível e sua não identificação. O uso do PBT/VBT ou filtro "notch" para se alcançar melhores resultados é algo que precisa ser aprendido com o tempo e pratica.

Existem diversos "truques" que se aprendem na prática. Algumas vezes a melhor recepção de um sinal AM pode ser obtido através da sintonia de um kHz por exemplo, deslocado da freqüência da portadora. A melhor forma de aprender estas técnicas é tentar diferentes combinações dos diversos controles se utilizando por exemplo, das estações locais. Experimente sintonizar uma emissora potente local utilizando o modo USB ou LSB de seu rádio. Tente ajustar o controle de ganho de RF e utilize diversas larguras de banda disponíveis. É mais fácil aprender em sinais fortes como estes do que com sinais fracos em faixas congestionadas.



Deve-se desenvolver os ouvidos de radio escuta. A experiência leva a reconhecer sinais fracos enterrados em interferência de emissoras adjacentes que podem ser aprimorados através do uso de banda passante estreita ou ECSS. Os sinais DX, por definição, não são fortes e nem fáceis de serem notados. Os mais experientes ouvintes descobrem que algo está no "fundo do poço".

http://www.sarmento.eng.br

QUE ANTENA DEVO USAR ?




A localização do rádio e a posição da antena interna ou a telescópica original são importantes para a recepção satisfatória tanto em Ondas Curtas quanto em AM ou em FM.

Em Ondas Médias, o rádio portátil utiliza uma antena interna de ferrite que é direcional, logo, quando a recepção não estiver boa, é regra mudar a posição do rádio, até se achar uma direção adequada a melhor recepção. Para FM, utiliza-se a antena telescópica, que também poderá demandar uma mudança de posição para se conseguir melhor qualidade no sinal recebido.

Porém, em Ondas Curtas, alguns fatores são determinantes para uma escuta favorável : a antena e sua localização. Normalmente, o uso das antenas telescópicas embutidas nos receptores deverão nos proporcionar a escuta de emissoras potentes presentes nas diversas faixas dependendo do horário da escuta. Mas infelizmente, existem diversos fatores externos que prejudicam a recepção, são os ruídos elétricos produzidos pelo homem. Em especial nos grandes centros urbanos, as redes elétricas aéreas, a manutenção deficiente dos componentes de geração e transmissão de energia elétrica, o advento recente das lâmpadas eletrônicas mais eficientes, são grandes ofensores à prática da escuta das ondas curtas.

Observe que existe um ruído inerente as condições atmosféricas próximas a região da escuta, que afetam a qualidade da recepção. Estes ruídos podem ser provocados pelos fenômenos relacionados a propagação ionosférica, ou atmosférica, sendo que esta última, tem uma abrangência mais localizada. Resumindo, em dias de tempestades ou grande atividade elétrica na atmosfera, ouvimos em algumas faixas ruídos que se assemelham aos gerados por quedas de raios. Estes ruídos, não são atenuados por melhores antenas, pois estes se propagam na natureza junto com as emissoras que queremos sintonizar.

Uma "dica" para melhorar a recepção, é a adaptação de um fio elétrico de aproximadamente 7 metros de extensão e de 1 mm de diâmetro, com uma garra "jacaré" soldada na ponta do fio. Sem estender a antena telescópica, prenda a garra jacaré na base da antena telescópica, e mantenha o fio totalmente esticado, de preferência horizontalmente.

Caso o local da escuta seja em apartamento, deve-se primeiramente posicionar o rádio com a antena telescópica estendida próximo à janela. Caso o resultado não seja satisfatório, recolha a antena telescópica e fixe a garra "jacaré" a base da antena, e estenda o fio para fora da janela.

Tenha atenção em especial quanto as condições de segurança, para que o fio não invada a janela dos vizinhos abaixo, ou pior, não entre nos condicionadores de ar e cause um acidente de graves proporções. Também, dê ciência aos moradores que estejam abaixo, e explique para que serve o fio.

fonte: http://www.sarmento.eng.br

BBS WS com emissões especiais em Onda Curta para o Haiti:

BBS WS com emissões especiais em Onda Curta para o Haiti:


Depois do trágico sismo que atingiu o Haiti, a BBC WS terá emissões extraordinárias em Onda Curta, destinadas a servir o Haiti. Assim, o serviço mundial (World Service) da BBC em inglês emite das 1200-1300 UTC, nos 11860 kHz (25m) e 9410 kHz (31m), nos seguintes dias:


Sábado e domingo, dias 16 e 17 de Janeiro - 1200-1300 UTC
segunda a sexta (próxima semana - 18 a 22/01) - 1215-1300 UTC


Recorde-se que a emissora pública britânica abandonou as emissões HF/OCurta para as Caraíbas, mas agora reactiva o serviço temporariamente, na sequência da situação catastrófica do Haiti. Mais informações podem ser consultadas (em inglês) no site da BBC World Service.

Voz da América alarga serviços em crioulo do Haiti





Voz da América alarga serviços em crioulo(Um Crioulo de base portuguesa é uma língua crioula com base lexical na língua portuguesa.) do Haiti:
Depois da tragédia no Haiti, as emissoras de radiodifusão internacionais tentam ajudar as populações haitianas, transmitindo informações úteis nas suas emissões, mas também alargando os horários, de modo a servir melhor este pobre país das Caraíbas.

A Voz da América (VoA - Voice of America) alargou os horários de transmissão em crioulo haitiano, passando a emitir 5 horas diárias para a população do Haiti. Estas transmissões poderão ser ouvidas na Onda Curta, via satélite, mas também em Onda Média, através da frequência 1180 kHz (emissor de Marathon, Florida).

Assim, o serviço para o Haiti emite nas seguintes frequências e horários:

0100-0200 UTC - 1180 kHz / 5960 kHz /7465 kHz
1230-1330 UTC - 1180 kHz /6135 kHz /9660 kHz
1730-1930 UTC - 1180 kHz/ 15390 kHz /17565 kHz
2200-2300 UTC 1180kHz / 11905 kHz/ 13725 kHz

As notícias e informações em crioulo haitiano podem ser consultadas no endereço http://www.voanews.com/creole/index.cfm .