sábado, 13 de março de 2010

Cobertura da Rádio TransMundial do Brasil

Nas Ondas Curtas da Guarujá - O Papel do Rádio Analógico





Boa noite prezado ouvinte da Radio Guarujá Paulista. Meu nome é Sarmento Campos e falo da cidade do Rio de Janeiro, especial para o programa semanal dedicado as ondas curtas do radio.

Hoje vamos falar um pouco sobre as características técnicas deste importante meio de comunicação presente nas ondas curtas.

O fato da Radio Guarujá transmitir em ondas curtas, aumenta consideravelmente o alcance de suas emissões. Como sabemos, o termo radiodifusão indica a dispersão da informação produzida, que abrange cada casa, vila, cidade e até o país que esteja ao alcance do transmissor.

Diferentemente da televisão, em que o telespectador esta observando algo que sai de uma caixa que está ali, as paisagens e sons do radio são criados dentro de nós, podendo ter impacto e envolvimento maiores.

Enquanto a televisão de um modo geral é assistida por pequenos grupos de pessoas e a reação a um programa costuma ser afetada pela reação entre indivíduos, o rádio é muito mais pessoal, que vem direto para o ouvinte.

Atualmente, com a evolução tecnológica e a miniaturização do transistor, o rádio é um artigo pessoal do cotidiano.

Sendo tecnicamente simples de ser usado, o radio é bastante flexível e em geral funciona melhor numa situação imediata ao vivo. A reportagem de um correspondente internacional, um ouvinte falando ao telefone, o carro de reportagem nos subúrbios, a cobertura de uma partida de futebol, enfim, são todos exemplos do caráter imediato do radio.

Enquanto o jornal ou a revista são recebidos do mesmo modo como foram produzidos, no radio não temos essa garantia automática. As transmissões em ondas curtas obviamente estão sujeitas a fading, que é um fenômeno de desvanecimento do sinal, e em algumas ocasiões, este fading – como é o termo em inglês – pode ser bem acentuado e também, podemos enfrentar interferências no canal sintonizado.

Também nas ondas medias, em especial a noite, quando o Sol não está presente e as condições de propagação ionosférica favorece o transporte dos sinais a longa distancia, podem sofrer a intrusão de outras emissoras.

No radio ,é provável que a qualidade do som recebido seja bem diferente, em sua dinâmica ou amplitude de freqüência, do que é cuidadosamente produzido em estúdio.

Mesmo a faixa de FM, que é instável, esta sujeita a uma serie de distorções, desde a flutuação causada por um avião até a interferência da ignição dos carros e de outros equipamentos elétricos.

A transmissão digital e a radiodifusão direta via satélite superam a maioria destes problemas, mas apresentam um custo mais elevado para o ouvinte.

Quando existem condições precárias de recepção, os programas precisam prender a atenção do ouvinte para que se possa manter uma audiência fiel.

E a participação dos ouvintes entusiastas deste meio de comunicação é muito importante para auxiliar as emissoras a desenvolver seus sistemas irradiantes, que são as antenas e transmissores utilizados para emitir os sinais que chegam ao seu receptor.

Por isso, é muito importante que se envie uma carta ou até um email para as emissoras, reportando como chega o sinal em sua casa, com que receptor e antena voce está ouvindo, se existem interferências de outras emissoras, e como está o fenômeno do desvanecimento do sinal, que provoca a flutuação na intensidade do sinal.

Neste programa semanal Nas Ondas Curtas da Guarujá Paulista, procuramos informar ao ouvinte não só as características técnicas da recepção de emissoras, mas também, divulgar aspectos culturais e históricos do radio.

terça-feira, 9 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

As origens da Rádio Difusão Internacional




Existem diversas fontes que descrevem de formas não conclusivas o início das transmissões internacionais. Algumas fontes sugerem que a Alemanha pode ter sido o primeiro país a usar transmissões de radio internacional nos idos de 1915, quando estabeleceu então um serviço regular de noticias que foi aceito e usado por múltiplos países neutros na região. Adicionalmente, pesquisadores também apontam o uso inicial de transmissões internacionais de rádio datas de 1917 em seu esforço para "explicar os fatos atrás da revolução" ao resto do mundo. Entretanto, em todas estas pesquisas, as emissões originais eram em Código Morse que eram compreendidos apenas por relativamente poucos.

Estes pesquisadores ressaltam que a visão de Vladimir Lenin que o rádio tinha o potencial para não apenas alcançar a audiência doméstica na Rússia, mas também para atingir vastas possibilidades internacionais e valor "revolucionário". Lenin alertou seu sucessor Joseph Stalin para ampliar a pesquisa sobre o rádio quando ele escreveu : "Eu penso que sob o ponto de vista da propaganda e agitação, especialmente para aqueles que são iletrados, que é absolutamente necessário para nós levar este plano adiante".

Os Russos foram os primeiros a estabelecer um sistema de rádio difusão internacional patrocinado pelo governo, de forma continua e extensiva, o qual se revelou de tal forma como um sistema de longo alcance onde foi desenvolvido como um meio de obter significativos ganhos políticos e econômicos.

Alguns historiadores apontam o ano de 1927 como o marco do nascimento da propaganda. A Grã Bretanha se uniu a Rússia e Alemanha, quando também descobriu o uso das ondas de rádio como "o perfeito meio de comunicação com suas colônias e possessões nos hemisférios ocidentais e orientais do mundo.

Nos anos que se seguiram, a Holanda também iniciou transmissões regulares em holandês para as Índias Orientais, enquanto a França iniciou emissões para suas colônias. Por volta de 1932, a BBC - British Broadcasting Corporation - e os serviços em holandês para as colônias se desenvolveram em organizações de rádio difusão internacional contemporâneos de grande porte.

Já nos Estados Unidos, foram as companhias comerciais que perseguiram o objetivo de ampliar o alcance das transmissões de rádio. A emissora KDKA de Pittsburgh, na Pensilvânia, foi a primeira estação de rádio a transmitir programas de entretenimento, a primeira a transmitir noticias ao público e a primeira a obter licença para tal.

As companhias americanas tais como a Westinghouse e General Eletric montaram estações de rádio primordialmente para promover seus produtos aos consumidores. Estas empresas foram logo seguidas por um grande número de estações de rádio difusão doméstica tais como a NBC - National Broadcasting Corporation - e CBS - Columbia Broadcast System - enquanto o o governo dos EUA se colocou à parte de qualquer envolvimento com a rádio difusão internacional.

O historiador Wood (1992) aponta uma dramática mudança na história da rádio difusão internacional que ocorreu em outubro de 1935. Edward R. Murrow, um jornalista e locutor de notícias da CBS, tentou cobrir um debate de dois segmentos entre a Grã Bretanha e Itália relativo a invasão da Etiópia por Benito Mussolini, uma região de investida de fortes interesses. Na primeira noite, a CBS transmitiu com sucesso a perspectiva Britânica através do Oceano Atlântico através dos transmissores em ondas curtas, durante as quais, propuseram sansões contra os italianos.

Entretanto, a noite seguinte justo quando a delegação italiana iria ao ar na América, Murrow foi informado que a comunicação de ondas curtas através de Londres, controlada então pelo British Post Office - Serviço de Correios Britânico - teve negada a permissão para a transmissão e desconectou o circuito. Isto levou a seguinte manchete, "51 nações votaram por sansões contra a Itália, os Italianos cortaram as transmissões dos Britânicos".

As transmissões de rádio difusão internacional se transformaram assim em armas de efeito considerável em influenciar as mentes dos ouvintes.

Quando Adolf Hitler se tornou Chanceler do Governo Nacional Socialista da Alemanha, ele abraçou o uso da rádio difusão como o instrumento chefe de propaganda política e reorganizou a estrutura de emissões até então domésticas para incluir emissões internacionais. Nos fins de 1935, a Alemanha havia transmitido programas regulares para a Ásia, África, América do Sul e América do Norte, em alemão, inglês, espanhol, português e holandês.

by Sarmento

As origens da rádio difusão na União Soviética


Rádio Moscou desde 1922, hoje Rádio Voz da Rússia


A seguinte mensagem foi transmitida em 30 de outubro de 1917 (12 de novembro no novo calendário ) através do serviço de telégrafo sem fio com a intenção de alcancar potenciais revolucionários na Europa, assim como os existentes na Rússia de então. Também, as mensagens revolucionárias soviéticas foram as primeira a serem gravadas na história da propaganda sem fio.

"O Congresso dos Sovietes Russos formou um novo Governo Soviético. O Governo de Kerensky foi banido e posto em prisão. O próprio Kerensky escapo. Todas as instituições oficiais estão nas mãos do Governo Soviético...".

Vladimir Lenin, o líder do Partido Comunista naquele período vislumbrou a transmissão de rádio como um método de controle das massas, um prático e mais efetivo meio de comunicação com as pessoas da Rússia, assim como de países estrangeiros. O significado do rádio foi ampliado pelo enorme tamanho da nova federação, pelas condições ruins das estradas, altos níveis de iletrados, e pela diversidade de nacionalidades no país. Por causa da extrema importância das comunicações de massa, as estações de rádio foram os primeiros alvos da revolução de 1917.

Em 1917 a voz no rádio ainda não estava disponível, logo as emissões de rádio tinham a limitação de não ter contato direto com o público. O esquema de comunicações naquele período funcionava como a seguir:

1 - a estação de rádio emitia sinais em código morse
2 - Então, uma estação de recepção recebia e registrava o sinal
3 - Finalmente, a estação de recepção distribuía a mensagem aos jornais, os quais a publicavam para leitura

Desde os primeiros dias da revolução, o governo soviético estava gastando grandes somas de dinheiro no desenvolvimento do rádio. Um número de laboratórios foram construídos para aprimorar as técnicas de transmissão e recepção, e em torno de 1920, um grupo de cientistas soviéticos conseguiram transferir voz humana através das ondas de rádio.

Em 1921, usando a nova tecnologia, uma potente estação de rádio foi montada para transmitir diariamente durante algumas poucas horas. O novo programa era chamado "O Jornal Falado da Agencia de Telégrafos Russa", e apresentava principalmente notícias e material de propaganda.

Devido ao fato dos receptores de rádio ainda serem muito caros e indisponíveis para uso particular, conjuntos de alto falantes foram instalados em lugares públicos de forma a tornar acessível o jornal falado a um número grande de pessoas. Lenin expressou sua visão a respeito destas transmissões de rádio com a seguinte declaração:

"Cada vila deveria ter um rádio! Todo escritório do governo, assim como cada clube ou fábrica deveria ter ciência de que em certa hora eles irão ouvir notícias políticas e os maiores eventos do dia. Desta forma nosso país irá liderar a vida da mais alta consciência política, constantemente sabendo das ações do governo e pontos de vista da população".

Conforme aumentou o uso do rádio, o governo fez o melhor para garantir a autoridade sobre o desenvolvimento do rádio no país. Em 1918 o controle dos recursos do rádio foi transferido para o Comissionario do Povo para Correios e Telégrafos. Como resultado de tal controle centralizado, a rádio difusão estava muito avançada na União Soviética no século dezenove. Como exemplo, em 1922 Moscou tinha a mais potente estação de rádio difusão do mundo a RV-1, e em 1925 a primeira estação de rádio de ondas curtas iniciou as operações na capital Rússia.

Receptores de OC: Sony ICF-SW7600GR



Sony ICF-SW7600GR

A reconhecida marca mundial Sony, produz receptores de ondas curtas digitais de ótima qualidade, que cobre desde uma escuta casual até a procura de estações mais distantes (DX). Este pequeno receptor, é uma das atuais melhores equações custo x benefício do mercado e da própria linha Sony. É portátil, apresenta sintonia digital direta através de seu teclado, ou procura automática de estações, sendo capaz de sintonizar em modo SSB. Este modo normalmente é utilizado por radio amadores mas pode ser utilizado para auxiliar algumas escutas mais difíceis. Além de extremamente prático para viagens, vem com uma antena de "carretel" com 5 metros de fio a ser esticado em qualquer ambiente onde a antena telescópica não é suficiente para captar o sinal desejado. A cobertura se inicia nas Ondas Longas, passando pelas Ondas Médias até 30MHz - final da faixa de Ondas Curtas - porém, de forma contínua. Ainda sintoniza a faixa comercial de FM. O destaque para este receptor é a utilização da detecção síncrona na demodulação do sinal AM. Na prática, significa melhoria de recepção de estações fracas e atenuação de interferência de emissoras adjacentes. Este recurso, normalmente é encontrado em receptores mais sofisticados. Dentro destas características, este receptor é a melhor aquisição atualmente na faixa de US$ 200. Também, interessante notar, é que este modelo é fabricado inteiramente no Japão.

by Sarmento

O Serviço Mundial da BBC de Londres


Cartão QSL emitido pelo escritório da BBC de Nova Deli em 1965 (Fonte: Balasubramaniyam, Chennai)

O BBC World Service foi fundado em 1932 como o Serviço do Império por uma iniciativa de John Reith, o primeiro diretor geral da BBC. No principio era emitido em ondas curtas a partir de Daventry localizado nas Midlands, e apenas em inglês. A aproximação da Segunda Guerra em 1939 trouxe muitas mudanças. Para contrabalancear a propaganda levada ao ar através do rádio pela Alemanha e Itália, o governo britânico solicitou a BBC a oferta de serviços em árabe e espanhol, e concordou em pagar os custos adicionais requeridos.

Desde o inicio, a aproximação às noticias nos serviços além mar eram para anunciar os fatos, mesmo que a primeira vista se parecessem prejudiciais aos interesses britânicos ou não palatáveis as nações recipientes. Conforme a rádio difusão em idiomas estrangeiros foi crescendo (Frances, alemão e italiano se iniciaram em setembro de 1938; outros idiomas seguiram em breve), esta política foi central em estabelecer a reputação da BBC de ter a maior credibilidade como emissora internacional. Transmissões em vernacular a outras partes do mundo foram adicionadas, e próximo ao fim da guerra a BBC era de longe a maior das emissoras de rádio difusão do mundo. O governo então reviu o futuro papel e propósito do World Service (ou o BBC External Service como era então chamado) e dentro de um papel político em 1946 o governo concluiu que "dentro do interesse nacional e de forma a manter a influencia britânica e prestigio ao seu redor, é essencial que o serviço continue".


Cartão QSL emitido pelo escritório da BBC de Nova Deli em 1965 (Fonte: Balasubramaniyam, Chennai) Clique para ampliar.

Entretanto, este apoio não foi lastreado com fundos suficientes, resultando em cortes orçamentários extensivos nos fins de 1940 e em 1950. Mesmo existindo acréscimo em emissões para a União Soviética e o Leste Europeu durante a Guerra Fria, as reduções à sua volta significaram que pelos idos de 1960 a BBC havia perdido a sua posição de maior emissora de rádio difusão internacional, sobreposta assim pela União Soviética, China, Estados Unidos e Egito.

Este período presenciou o inicio da revolução do transistor e o alastramento de receptores de radio capazes de sintonizar emissões em ondas curtas. Também foi o início do processo de descolonização e de emergência de novas nações, terminando diversos acordos antigos para re-transmissão de programas da BBC, mas sempre produzindo condições para novas oportunidades. O World Service se adequou as mudanças com novas iniciativas de programas, tais como a criação de serviços em Inglês próximo a hora cheia com grande ênfase em noticias, e com maior foco nas necessidades das pessoas nos países em desenvolvimento, particularmente África e Ásia. O governo proveu os meios para substituir transmissores antigos e construiu novas estações retransmissoras ao redor do mundo. Enquanto o período compreendido entre 1970 e 1980 se provou financeiramente instável, subseqüentemente diminuiu o capital de investimento e algum dinheiro adicional foi provido por aprimoramento das programações.

O final da Guerra Fria produziu uma série de tributos a BBC e outras emissoras internacionais por seu papel durante a guerra. Não apenas novos lideres - tais como Lech Walesa da Polônia e Vaclav Havel da Tchecoslováquia - expressaram agradecimentos, mas também, milhares de ouvintes ao longo do mundo.

O colapso da potência soviética também trouxe rearranjo das emissoras internacionais e aos governos que as financiam. Para o BBC World Service isto não foi tão fundamental quanto a outros. Pois este nunca foi visto como forma de propagando ou uma estação de persuasão e sempre direcionou seus programas a países amigos assim como a potenciais adversários. Seu objetivo primordial foi em prover informação acurada e embasada, refletindo diferentes pontos de vista, e permitir os ouvintes formarem suas próprias opiniões.

Receptores de OC: Sangean ATS-909




Este receptor sempre foi considerado um modelo de alta qualidade e até um concorrente aos modelos mais sofisticados da Sony, como o 7600 e o 2010. È fabricado em Taiwan e apresenta grande quantidade de recursos, inclusive recepção em modo SSB para não só permitir a sintonia de emissoras utilitárias e radioamadores, como também, permitir a sintonia de emissoras que normalmente não seriam identificadas no modo AM tradicional. É um modelo portátil, de alta qualidade de recepção e ótima sonoridade, que pode ser levado para qualquer lugar, e junto com a antena de fio acondicionada em um prático carretel, pode proporcionar excelentes captações aos radioescutas mais exigentes.

by Sarmento

A Segunda Guerra Mundial : O governo dos Estados Unidos entra na Rádio Difusão Internacional


Propaganda da Voz da América em Alemão


Alguns pesquisadores declaram que muito da atual rádio difusão internacional deriva do que se formou durante a Segunda Guerra.

Preocupado com o sucesso da propaganda Alemã, o governo dos EUA sob a administração de Roosevelt começou a olhar a rádio difusão internacional em 1940. Quando os japoneses bombardearam Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, os EUA entraram na Segunda Guerra claramente marcando o deslocamento do uso comercial do meio de comunicação da rádio, até então apenas como forma de fazer dinheiro, para a decisão do Departamento de Estado de iniciar fortemente transmissões de voz internacionais através das ondas de rádio.

Mesmo tendo sido atrasado por diversas razões políticas e forte oposição da industria do rádio comercial e do público em geral, os EUA foram a última potência mundial a participar na rádio difusão internacional. Em 1942, o Escritório da Informação de Guerra foi estabelecido e responsabilizado por diversas atribuições na montagem da divisão de rádio difusão.

Segundo historiadores americanos, ao contrário da técnica de propaganda Alemãs de falsidade e terror, as emissões internacionais foram fundadas em informações confiáveis e sobre um "plano moral mais elevado que a guerra psicológica no rádio que estava em curso na Europa". A política foi estabelecida desde as primeiras palavras irradiadas inicialmente : Este é uma voz falando para você desde a América e nós iremos falar para você sobre a América e a guerra e as noticias podem ser boas ou ruins e nós iremos contar a você a verdade". (VOA - Voice of America - Information Book).

Enquanto em teoria esta nova política de "verdade somente" era novidade até então, na realidade era difícil aderir a isto durante os ataques iniciais da guerra; entretanto as emissões dos EUA ganharam credibilidade quando a "Voz da América" - o nome oficial da emissora que foi desenvolvido a partir da abertura das transmissões - começou a reportar as vitórias dos aliados.

Durante o curso da guerra, a VOA teve que se adaptar aos desafios psicológicos apresentados pela emissões dos inimigos. Em particular, as emissões japonesas especificamente dirigidas aos soldados americanos através das transmissões de "conflito no rádio, atuando primariamente para dividir a América de seus aliados na Ásia e Pacífico, para estimular o desgaste quanto a guerra, a nostalgia, e uma visão pessimista da guerra".

Os japoneses inteligentemente transmitiram "alta qualidade, entretenimento gravado por bandas americanas famosas, introduziram vozes femininas carregadas de sensualismo" como seu objetivo primário de de fazer como que o soldado americano mediano "se sentisse cansado da guerra e da matança". Como resultado, "milhares de combatentes se apaixonaram por uma voz (uma inclusive popularmente identificada como Rosa de Tókio) da qual criaram em suas mentes - uma imagem de suas amadas. O seguinte extrato é de uma destas transmissões : Como você gostaria de ira a drogaria da esquina esta noite, e comprar um sorvete de soda? Eu tenho curiosidade em saber com quem suas esposas e namoradas estão saindo esta noite. Talvez com um trabalhador da industria de guerra fazendo muito dinheiro enquanto você está aí fora lutando e sabendo que não terá sucesso".

Como resposta, o Escritório de Informação de Guerra americano "solicitou auxílio aos relações públicas da indústria e Hollywood", alistando celebridades e iniciou a transmitir entretenimento de primeira linha para as Ilhas do Pacífico assim como para outros teatros de guerra no Oriente Médio e Europa.

Durante a guerra, a VOA cresceu exponencialmente, empregando mais de 3000 pessoas e transmitindo mais de 165 horas por dia em mais de 40 idiomas - "sem dúvida alguma, a rádio difusão internacional se estabeleceu como u braço das operações de guerra americanas". A chegada da VOA marcou o inicio da era na qual o governo dos EUA iria empregar a rádio difusão internacional de forma continua, até os presentes dias.

O Serviço Mundial da BBC de Londres

O BBC World Service foi fundado em 1932 como o Serviço do Império por uma iniciativa de John Reith, o primeiro diretor geral da BBC. No principio era emitido em ondas curtas a partir de Daventry localizado nas Midlands, e apenas em inglês. A aproximação da Segunda Guerra em 1939 trouxe muitas mudanças. Para contrabalancear a propaganda levada ao ar através do rádio pela Alemanha e Itália, o governo britânico solicitou a BBC a oferta de serviços em árabe e espanhol, e concordou em pagar os custos adicionais requeridos.

Desde o inicio, a aproximação às noticias nos serviços além mar eram para anunciar os fatos, mesmo que a primeira vista se parecessem prejudiciais aos interesses britânicos ou não palatáveis as nações recipientes. Conforme a rádio difusão em idiomas estrangeiros foi crescendo (Frances, alemão e italiano se iniciaram em setembro de 1938; outros idiomas seguiram em breve), esta política foi central em estabelecer a reputação da BBC de ter a maior credibilidade como emissora internacional. Transmissões em vernacular a outras partes do mundo foram adicionadas, e próximo ao fim da guerra a BBC era de longe a maior das emissoras de rádio difusão do mundo. O governo então reviu o futuro papel e propósito do World Service (ou o BBC External Service como era então chamado) e dentro de um papel político em 1946 o governo concluiu que "dentro do interesse nacional e de forma a manter a influencia britânica e prestigio ao seu redor, é essencial que o serviço continue".


Cartão QSL emitido pelo escritório da BBC de Nova Deli em 1965 (Fonte: Balasubramaniyam, Chennai) Clique para ampliar.

Entretanto, este apoio não foi lastreado com fundos suficientes, resultando em cortes orçamentários extensivos nos fins de 1940 e em 1950. Mesmo existindo acréscimo em emissões para a União Soviética e o Leste Europeu durante a Guerra Fria, as reduções à sua volta significaram que pelos idos de 1960 a BBC havia perdido a sua posição de maior emissora de rádio difusão internacional, sobreposta assim pela União Soviética, China, Estados Unidos e Egito.

Este período presenciou o inicio da revolução do transistor e o alastramento de receptores de radio capazes de sintonizar emissões em ondas curtas. Também foi o início do processo de descolonização e de emergência de novas nações, terminando diversos acordos antigos para re-transmissão de programas da BBC, mas sempre produzindo condições para novas oportunidades. O World Service se adequou as mudanças com novas iniciativas de programas, tais como a criação de serviços em Inglês próximo a hora cheia com grande ênfase em noticias, e com maior foco nas necessidades das pessoas nos países em desenvolvimento, particularmente África e Ásia. O governo proveu os meios para substituir transmissores antigos e construiu novas estações retransmissoras ao redor do mundo. Enquanto o período compreendido entre 1970 e 1980 se provou financeiramente instável, subseqüentemente diminuiu o capital de investimento e algum dinheiro adicional foi provido por aprimoramento das programações.

O final da Guerra Fria produziu uma série de tributos a BBC e outras emissoras internacionais por seu papel durante a guerra. Não apenas novos lideres - tais como Lech Walesa da Polônia e Vaclav Havel da Tchecoslováquia - expressaram agradecimentos, mas também, milhares de ouvintes ao longo do mundo.

O colapso da potência soviética também trouxe rearranjo das emissoras internacionais e aos governos que as financiam. Para o BBC World Service isto não foi tão fundamental quanto a outros. Pois este nunca foi visto como forma de propagando ou uma estação de persuasão e sempre direcionou seus programas a países amigos assim como a potenciais adversários. Seu objetivo primordial foi em prover informação acurada e embasada, refletindo diferentes pontos de vista, e permitir os ouvintes formarem suas próprias opiniões.

Receptores de OC: Sony ICF-2001





Sony ICF-2001

Este rádio é um verdadeiro clássico, pois se trata do primeiro rádio disponível no mercado a apresentar um microprocessador a permitir a sintonia digital de forma direta na teclado. Na realidade, este é o modelo que antecedeu o agora lendário Sony ICF-2010 (ou 2001D como é a denominação européia), inclusive suas dimensões, o material de acabamento utilizado é similar ao 2010. Este rádio era conhecido no Japão como "Voice of Japan" em alusão as transmissões internacionais em ondas curtas da Rádio NHK. Trata-se de um rádio robusto, com poucos recursos em comparação ao sucessor 2010, e não fez muito sucesso, pois foi fabricado durante 3 anos somente, porém, após 25 anos apresenta funcionamento pleno, com ótima qualidade de recepção, e bem prático para ouvir as emissoras prediletas. Enfim, uma peça para colecionador, que simboliza o inicio da fabricação de rádio portáteis digitais, fabricados no Japão, com alta tecnologia e qualidade. Este rádio em particular funciona até hoje, como rádio de mesa, e com o mesmo desempenho de quando saiu de fábrica.

by Sarmento

Ouvindo estações de sinais horários

Por: Wilson Rodrigues

Dentre as estações consideradas exóticas, as de sinais horários possivelmente são as mais ouvidas pelos dexistas. Aquela identificação característica de voz e código morse são inconfundíveis em meio aos ruídos característicos das bandas de radiodifusão.

Lamentavelmente, alguns governos questionam sua utilidade em meio a tantos recursos tecnológicos. Mas sabemos que ao sintonizarmos uma delas podemos aferir nossos relógios sem nenhuma margem de erro. Algumas décadas atras, os dexistas não sentiam tanto a falta destas estações aqui no Brasil, uma vez que a Rádio Relógio em 580 KHz na cidade do Rio de Janeiro informava minuto a minuto a hora certa e divulgava uma série de curiosidades.

Muitas pessoas ouviam o dia todo sua programação pois ela também operava em Ondas Tropicais. Hoje a Rádio Relógio se não me engano é de propriedade de um grupo religioso e sua programação perdeu toda a característica anterior e é até desconhecida da ampla maioria da população atual! Os amigos já devem ter notado que quando vamos aferir nossos relógio pelas emissoras em Ondas Medias e FM temos diferença de até 3 minutos de uma para a outra. Em FM ai então as diferenças são exageradas. Acho que tem muitos locutores em FM usando relógio Made in Paraguai, daqueles de 1,99!

Recentemente verificando uma listagem atual conseguida na Internet, comparei a mesma com uma da década de 70 e verifiquei que muitas desapareceram e outras surgiram.

Naquela época podia-se ouvir em 2500KHz a FFH desde Chevannes, na França. Na Inglaterra havia a emissão da MSF de Rugby, também em 2500KHz e nesta freqüência na Checoslováquia em Librice, a OMA. Havia uma estação também em 3170KHz em Podebrady.

A extinta RDA República Democrática da Alemanha, ou Alemanha comunista tinha uma emissão desde Nauen em 4525KHz com o prefixo DIZ.

A estação italiana IAM desde Roma que atualmente esta fora do ar em 5000KHz operava desde Torino com o prefixo IBF e confirmou muitos dexistas brasileiros.

Chequei durante alguns dias várias freqüências da lista retirada da Internet e pude constatar que muitas delas não conseguem chegar aqui em Minas Gerais ou apesar de constarem como ativas, podem estar fora do ar ou a propagação não estava boa nos horários que sintonizei as freqüências! Em 4996, 9996, e 14996 no minuto 09 e 39 de cada hora pude ouvir com bom sinal a RWM desde Moscou na Rússia. Ela inicia com uma serie de 3 V e 3 CQ de RWM mas não informa a hora nem em voz nem em código morse e se mantém na freqüência com um bip diferente da WWV.
Há uma freqüência da XBA de Tacubaya, no México, em 6976,7 mas os caminhoneiros ocuparam há muitos anos aquela freqüência e qualquer emissão é sobremodulada sem dó nem piedade!

Desde o México, também há a estação XDP em Chapultepec, no minuto 54. Já a EBC em Cadiz na Espanha emite em 4998 nos minutos 25 e 45 de 0955 até 1055 UTC.

Para aqueles que têm dificuldades com estas estações sugiro começar pelas tradicionais que chegam bem aqui no Brasil.
2500KHz BPM China, ULW 4 Uzbequistão, VNG Austrália, WWV e WWVH USA e Hawai.

3330KHz CHU Canada
3810KHz HD2IOA Equador
5000KHz BPM China, BSF Taiwan, LOL 1 Argentina, WWV e WWVH, YVTO Venezuela
7335KHz CHU Canada.
10000KHz BPM China, LOL Argentina, WWV e WWVH
14670KHz CHU Canada.
15000KHz BPM China, BSF Taiwan, RTA Rússia, WWV e WWVH
6000KHz VNG Austrália
20000KHz WWV e WWVH.

Na Internet há páginas atualizadas com as freqüências e horários destas emissoras. Quem sabe você poderá escutá-las e conseguir uma confirmação. Estas estações são boas confirmadoras de informes. Não sabemos até quando elas estarão no ar, e um QSL de qualquer uma delas é sem dúvida uma jóia rara

Não custa lembrar uma frase ouvida em um dos encontros do DXCB:
“ Todo dexista que se presa, afere seu relógio por uma Estação de Sinal Horário”

73’do amigo Wilson Rodrigues

Breve Histórico do DXCB


Prof. Robert Veltmeijer





O DXCP teve como inspirador o extinto DX Clube do Brasil, o qual conheci em 1977 ao entrar em contato com seu coordenador Luiz Roberto de Medina da cidade de Recife-PE. Através do antigo DXCB pude tomar contato com o dexismo sério e conhecer expoentes do dexismo brasileiro como: Robert Veltmeijer, Cláudio R.de Moraes, Sérgio D. Partamian, Antônio Ribeiro da Motta, Roberto Levinstein, Rogildo F.Aragão, Gilberto Santos, Emmanuel Tavares entre outros.

O DXCB antigo acabou abruptamente em 1978, seu coordenador desapareceu sem deixar notícias. Seu boletim Comunicação DX, foi também o inspirador dos primeiros boletins do DXCP. Antes de seu encerramento, o DXCB através de Robert Veltmeijer organizou o primeiro encontro de dexistas brasileiros na semana santa do ano de 1978 no Largo do Arouche em São Paulo.

Um pouco antes do encerramento do DXCB, apareceu no Rio Grande do Sul o DX Clube de Porto Alegre organizado por Alencar Aldo Fossa. Outro Clube que existia naquela época e que ainda existe, com outro nome e algumas interrupções, era o DX Clube do Pará, coordenado pelo Djaci Franklin de Belém-PA.

Ainda que tendo um boletim irregular, como também tinham os outros dois Clubes atados, era um boletim com muitos loggings e assuntos muito técnicos. Foi neste meio que me desenvolvi no dexismo e de onde, um pouco mais tarde, viriam a surgir as idéias para a criação do DX Clube Paulista.

No ano de 1980 não existia nenhuma organização dexista no Brasil, as informações eram conseguidas através do WRTH, programas DX das diversas emissoras internacionais, boletins de clubes estrangeiros. Talvez a única manifestação de ligação entre os dexistas brasileiros era feita por Robert Veltmeijer. Ele chegou a editar alguns números de uma circular dexista com loggings e notícias, foi acompanhado por um momento por Emmanuel Tavares Filho, dexista de destaque do Rio de Janeiro.

Robert também encontrava os amigos em sua residência, enviava suas informações por carta aos dexistas brasileiros, participou também da organização do Encontro de dexistas brasileiros e argentinos realizado em Foz do Iguaçu no ano de 1979. Robert sempre esteve em contato, sendo por si mesmo um elo entre os dexistas brasileiros.

Algo que nunca compreendi perfeitamente, foi o fato de que existindo tantos bons dexistas naquele final dos anos 70 e Inicio dos 80, nada foi organizado em termos associativos após o término ou paralisação das três maiores organizações Dexistas do Brasil até aquele momento, DXCB, DXCPOA, DXC do Pará, sobretudo o DXCB que reunia excelentes dexistas em grande quantidade.

Naquela época não conhecia qualquer outro dexista aqui em São Carlos, as coisas eram distantes naqueles tempos. Participei muito de programas de cartas das emissoras internacionais e de listas de correspondentes que estas emissoras mantinham. Eram muitos os contatos com pessoas de outras localidades através de correspondência, no entanto, poucos eram dexistas.

Em meados de 1981 estava eu certo dia no telhado de casa mexendo com antenas, quando minha mãe me chamou dizendo que havia um rapaz me procurando. Era o Márcio R. F. Bertoldi, muito jovem, tinha quinze anos, na época eu estava com vinte e um. O Márcio se apresentou como ouvinte de ondas curtas e dexista, disse que conseguira meu endereço através de uma lista da Rádio Nederland.

Logicamente nossa amizade foi formada rapidamente e muitas informações trocadas. Passei ao Márcio todo aquele breve histórico dos clubes DX no Brasil e comentávamos cada vez mais da necessidade urgente de uma nova organização dexista em nosso país, mas antes de tudo este clube teria que ser realmente ativo, ter um boletim regular que cumprisse um esquema de datas, promover uma participação maior de todos os seus membros e dedicado ao dexismo mais técnico. Fomos desenvolvendo esta idéia e resolvemos por criar este clube.

O DXCP surgiu em Outubro de 1981, a data oficial de sua fundação é 17de Outubro. Esta foi a data em que o primeiro Atividade DX foi realizado. Contava com um editorial de apresentação e objetivos, loggins, noticias, alguns artigos, e o convite para adesões com a promessa do segundo boletim para Dezembro de 1981. Este realmente saiu naquele mês e ainda não parou.

Quando o primeiro boletim Atividade DX foi editado, o DXCP não tinha qualquer divulgação anterior, sabíamos que as organizações que existiram anteriormente haviam sido muito irregulares, portanto começamos com cautela. Depois de pronto o primeiro Atividade DX, preparamos uma lista de encaminhamento.

Naquela época possuíamos muitos correspondentes, amigos feitos nos programas de cartas das diversas emissoras internacionais. Me lembro de selecionarmos alguns que possuíam um maior interesse para o dxismo e enviamos a estes, bem como a algumas emissoras internacionais. O resultado foi animador pois muitos nos responderam, nos parabenizando pela criação do DX CLUBE PAULISTA, além de se colocarem à nossa disposição para uma maior colaboração. Destaco neste primeiríssimo momento as participações do, colegas Ricardo André Becker e Carlos Roberto Godinho que nos ajudaram bastante, sendo eles, os dois primeiros colaboradores do DXCP fora de São Carlos. Deixamos para um pouco depois o convite de adesão aos dexistas brasileiros mais experientes, algo que viria ser muitíssimo importante e consolidado no DXCP.

O nome DX Clube Paulista foi um derivado daquele momento. Tivemos o DX Clube do Brasil, um nome importante. Com o seu fechamento, outros clubes da época possuíam nomes regionais, este também foi o nosso caso, (e nisto havia sim um sentimento regional em um primeiro momento, mas como mostra a primeira lista de membros, desde o início o DXCP contou com pessoas de todo o Brasil).

Logo no inicio de 1982 escrevemos a muitos dos ex-membros do antigo DXCB. Dexistas como Antônio Ribeiro da Motta, Sérgio D. Partamian, Rogildo F. Aragão, Emannuel Taváres, Gilberto Santos, Cláudio Rotolo de Moraes, Robert Veltmeijer se juntaram a nós. Dexistas na acepção da palavra, contribuíram em muito para a consolidação do DXCP.

Apesar da falta de equipamentos mais sofisticados no dexismo brasileiro daquela época, o nível de escutas era muito alto, este pessoal ao lado de tantos outros que se juntaram a nós atingiram perfeitamente os objetivos propostos pelo DXCP.

Antônio Ribeiro da Motta, além das muitas formas de colaborar com o Atividade DX, é considerado por nós como sendo o terceiro fundador do clube. Seu trabalho de divulgação do novo clube foi incansável. O "Moita", (como ele era chamado), tinha acesso a diversos clubes importantes do exterior, ao WRTH, diversas emissoras internacionais e com vários importantes dexistas brasileiros. Foi ele quem colocou o nome do DX Clube Paulista no WRTH na época chamado de “A Bíblia dos dexistas".

Hoje talvez este ato pareça corriqueiro, mas tinha um certo grau de dificuldade naqueles tempos. Isto nos abriu muitos contatos com dexistas, clubes estrangeiros e o nome do DX Clube Paulista se difundiu mundo afora (literalmente). Antônio Ribeiro da Motta foi editor até 1989 encerrando sua participação na coluna Matutando, embrião da atual coluna Rádio Contato. Ele também foi um grande incentivador dos encontros dexistas, teve participação fundamental nos dois maiores encontros da década de oitenta e que ainda figuram entre os maiores realizados até hoje, o encontro de 1987 em São José dos Campos, onde organizou praticamente sozinho em nome do DX Clube Paulista e do Globo DX, encontro este com a participação aproximada de 40 pessoas, inclusive com uma "estrela" das ondas curtas na época, a jornalista e locutora Maria Costa Pinto do Serviço Brasileiro da BBC de Londres.

Em 1988 foi realizado o primeiro ENBRADEX, Encontro Brasileiro de dexistas, realizado em Aparecida - SP. Este encontro contou com o grande incentivo de Robert Veltmeijer que tinha grande interesse na união entre o DXCP e o Globo DX. Vale lembrar que estes encontros aconteceram em uma época em que os serviços internacionais em português ainda tinham muito interesse pelo Brasil.

Entrevistas eram gravadas ao vivo e transmitidas alguns dias depois como a BBC, ou então por telefone e levadas ao ar no mesmo dia como fazia a VOA através do jornalista e locutor Ricardo André. Este foi um dos grandes incentivadores do Dexismo no rádio internacional, conduziu o programa Onda Curta na Rádio RSA da África do Sul e na VOA dos Estados Unidos, deu um apoio muito grande aos clubes dexistas brasileiros.

O DXCP colaborava freqüentemente com o Ricardo André, sendo que quando de sua passagem pela Rádio RSA, chegamos a produzir programas gravados em fita cassete levados ao ar no Onda Curta pela emissora sul-africana. Outros programas dexistas nos quais tivemos freqüentes participações foram: Radio Enlace (R. Nederland), O Mundo das Comunicações (R. Nederland), Editor DX (Rádio Suécia), os programas DX das Rádio Áustria, Exterior de Espanha, BBC de Londres, etc.

Voltando aos encontros realizados pelo DXCP e o Globo DX, estes foram três, o primeiro realizado em 1985 na casa de Robert Veltmeijer em São Paulo. Tivemos por três anos um bom relacionamento e uma co-participação em eventos e interesses. No entanto, após o encontro de Aparecida, as diferenças entre os dois clubes acabaram sobrepondo-se aos esforços em conjunto. Alguns entreveros pessoais entre, membros dos dois clubes acabaram causando rompimento entre as duas associações.
Reuinão do clube

Foto histórica de reunião do Clube

Até emissoras internacionais como a BBC se aproveitaram desta situação. O programa Freqüência DX do serviço brasileiro tentou alimentar uma polêmica no ar. Eu mesmo escrevi à BBC pedindo para que este fato não fosse tema de intrigas. Pedi também para não levarem este assunto adiante.

O Globo DX continuou com o ENBRADEX por mais alguns anos, o DXCP retomou aos seus encontros informais.

Por seis anos o boletim Atividade DX foi bimestral. Existem algumas justificativas para que isto assim fosse. Não existiam tantas facilidades para se obter informações, equipe editorial muito pequena e custos incertos. Passamos por momentos difíceis pois convivemos com inflação muito alta por muitos anos.

Era uma dificuldade estipular um valor de assinatura. Me lembro que começamos com anuidade e a medida que a inflação foi subindo nos anos 60, passamos à semestralidade, trimestralidade, até bimestralidade existiu. Apesar da inflação continuar, (era um inibidor), em Janeiro de 1987 quando o boletim passou a ser mensal, o DXCP tinha crescido bastante, o próprio dexismo se desenvolvera mais no Brasil e precisávamos ter um boletim mensal. Esforços foram feitos, mais colaboradores presentes e as coisas se ajeitaram nesta nova situação.

Algo que ainda restou dos tempos do boletim bimestral foi a equipe editorial pequena. Diferentemente dos dias de hoje, tínhamos um olhar mais centralizado, mas também a disponibilidade de pessoal era menor. Algo que foge da lógica era o fato de eu e o Márcio termos como meta que o boletim Atividade DX "saísse de qualquer jeito", ou seja, mesmo sem dinheiro ou sem editores o boletim tinha que ser editado. Era algo inconsciente, não tínhamos a intenção de acabar com o clube.

O primeiro logotipo do DX Clube Paulista foi criado por uma pessoa sem nenhum vínculo com o Dexismo, um amigo de São Carlos chamado Orlando Paulo. Mas o desenho que realmente pegou foi criado por Rogildo Fontenelle Aragão em 1984. Rogildo teve uma participação inconstante na primeira fase de nosso clube. Morando por um longo tempo na Bolívia, nem sempre pôde manter o contato, mas ainda assim foi um grande colaborador de nosso boletim. Rogildo editava também o informativo BOLPEBRA DX, um informativo sobre emissoras da Bolívia, Peru e Brasil. Com seu retorno em 1989 ao Brasil, Rogildo foi de grande importância na nova fase que se iniciou em São Bernardo do Campo.

Outro grande incentivador do DXCP foi Sérgio D. Partamian. Ele sempre teve um caráter ponderado, participando muito como um conselheiro, além de excelente dexista e editor por muito tempo da coluna Onda Média. Sérgio sempre esteve presente aos Encontros, reuniões preparatórias ou informais. É um dos principais nomes do DXCP em todos estes anos. Grandes colaboradores de escutas e informações, recordistas certamente de participações nos boletins, foram Cláudio Rotolo de Moraes e Gilberto Santos.

Grandes escutas estes dois nos informavam. Cláudio está conosco ainda hoje e continua colaborando. De maneira super informal, Cláudio sempre nos brindou com escutas muito interessantes, inclusive suas fantásticas escutas de FM, algumas a 5000 km de distância. Gilberto faleceu em 1993. Foi ele um colaborador constante. Além das escutas, traduzia artigos e participou de muitos encontros.

Outros colaboradores e editores de nosso boletim nos primeiros cinco anos foram Jonas Abbud, de Jundiaí-SP e o Raimundo L Bezerra, com rápida passagem e, também, René Gustavo Passold, até hoje junto conosco e que desde 1983 vem colaborando com nossos boletins, encontros e, atualmente, vem sendo muito útil aos dexistas brasileiros por desenvolver a antena RGP3 para onda médias, entre outros projetos. Também um grande colaborador de hoje, que esteve com o DXCP na década de 80, é o amigo Célio Romais, de Porto Alegre-RS.

A segunda metade do DXCP, em São Carlos, nos brindou com uma segunda geração de excelentes dexistas e ótimos colaboradores. Valter Aguiar apareceu em 1985. Além de sua vocação narrativa, editou uma das melhores fases do Panorama DX em nosso boletim. Valter também fazia a Retrospectiva Anual DX, além de participar ativamente dos encontros realizados. Em 1986 apareceu Felipe C. Flosi do Rio de Janeiro.

Ele sempre tinha escutas interessantes, além de colaborar com muito material didático, tradução de textos, comentários técnicos, etc. Carlos Felipe teve um contato muito estreito conosco; inclusive tendo vindo a São Carlos, algo raro. Além dele, apenas o Motta e o Raimundo Bezerra tinham estado em São Carlos naqueles anos.

No final da década de 80 duas figuras muito importantes estavam conosco, o futuro do DXCP estava garantido. Marcelo Toniolo dos Anjos e Carlos Felipe da Silva, os dois dexistas que alguns anos depois iriam assumir o DXCP lançando-o em um novo e glorioso período.

O Marcelo já havia sido membro do clube logo em seu inicio estando entre os vinte primeiros sócios do DXCP, mas se afastando pouco tempo depois. Marcelo foi a pessoa que iniciou um grande trabalho em prol do Dexismo utilitário, lançou também o Manual do Dxismo Utilitário.

Carlos Felipe, ainda bastante jovem, assumiu a coluna QSL logo após o Rudolf deixá-la. Carlos também escrevia artigos e era um colaborador constante. Seu espírito empreendedor já se fazia sentir. O futuro vocês já conhecem. Apesar de todos estes esforços, um certo cansaço se abatia aqui por São Carlos.

O início dos anos noventa foram os piores da primeira fase do DXCP, o nível do boletim caiu muito, tanto em conteúdo quanto em sua parte gráfica, por culpa exclusiva nossa de São Carlos. O número de sócios estagnou, nenhuma atividade além da rotineira. Parece que o fim estava próximo. Ainda que nem sempre de forma constante, o Márcio e eu estivemos a frente do DX Clube Paulista durante 12 anos. Nem sempre constante, pois houve momentos em que um ou outro esteve praticamente sozinho na condução do clube.

Fomos editores de praticamente todas as colunas. Os boletins eram feitos 'manualmente', ou seja, loggings por exemplo, colocados em ordem, um a um, com um monte de papel a volta, só para dizer uma das dificuldades.

Para se conseguir notícias na falta de colaborações, muitas vezes tinha-se que ouvir o próprio rádio. Toda a comunicação era feita por carta, longos períodos na expectativa de respostas e na espera de material. Tudo isso era muito cansativo passados tantos anos. Foi quando em meados de 1992, Carlos Felipe começou os planos para coordenar o futuro do DXCB. A partir de janeiro de 1993 o Atividade DX passou a ser editado em São Bernardo do Campo.

* texto adaptado da mensagem dos 17 anos do DXCB

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010





Inaugurada em 4 de janeiro de 1958, a Rádio Eldorado já tem solidificada uma marca
ligada à inovação e à boa música. Configura-se como uma emissora preocupada não só
com a qualidade da notícia e da música, mas também com questões sócio-ambientais e
qualidade de vida. São cinco décadas nas quais a “rádio dos melhores ouvintes” leva ao
ar informação, música, entretenimento e cidadania, com atitude e credibilidade. Há mais de vinte anos possui em sua programação especiais sobre meio ambiente, esportes de aventura em contato com a natureza, sempre com o objetivo de criar hábitos saudáveis e socialmente responsáveis nos ouvintes. Destaques para a Campanha de Despoluição do Rio Tietê, para o Projeto Pintou Limpeza e para os programas Planeta Eldorado e Derrubando Barreiras. A emissora é a primeira rádio a compensar suas emissões de gás carbônico (CO2) por meio do plantio de árvores nativas da Mata Atlântica. O ano de 2007 marcou algumas inovações que devem concretizar um projeto nacional para a emissora: a criação da Rede Eldorado e a parceria com a ESPN para a transmissão de eventos esportivos. No ano passado, entre outros prêmios, a Rádio Eldorado recebeu o prêmio APCA 2007 em três categorias, incluindo o “Grande Prêmio da Crítica”.

http://www.radioeldorado.com.br/

O RÁDIO DO FUTURO





Está mais do que na hora de reinventarmos esse importante veículo de comunicação de massa. A partir da internet e do advento de mil e uma novidades tecnológicas, o rádio requer sim fórmulas inovadoras de programação, em que o conteúdo esteja em primeiro lugar. E que surjam criações que se ajustem aos novos caminhos da Tecnologia da Informática. Caros Ouvintes abre espaço nesta coluna para uma importante exposição de idéias, reunindo nomes da comunicação de todo o país. Expressam suas opiniões aqui nossos convidados do eixo RS/SC/PR/SP. Gente que está na ativa, gente que já fez rádio, professores de comunicação, sobretudo apaixonados que, como nós, se preocupam com o novo tempo que há de vir. Era que vai exigir conteúdo consistente de programas e muita criatividade para abastecer os novos formatos de áudio.

De São Paulo, opinião de Mariza Tavares, jornalista diretora-executiva da Rede CBN:
“Não tenho dúvida de que o rádio e, mais especificamente, o radio-jornalismo, vive um período que poderia ser chamado de Renascença, exatamente como os livros de História definem as transformações entre o final da Idade Média e a transição para a Idade Moderna. E o principal aliado do rádio é a tecnologia, que permite que este seja
o veículo mais bem apetrechado para a demanda contemporânea por informação em tempo real. Basta um celular e temos um repórter ao vivo, no ar, com a instantaneidade da notícia exigida por ouvintes cada vez mais exigentes. Além disso, a internet abre perspectivas totalmente novas para o rádio, que poderá, finalmente, se
liberar de limitações como as concessões de freqüências. O rádio na internet já é uma realidade e, à medida que o streaming se tornar mais acessível, estará disponível para um número cada vez maior de ouvintes-internautas que não só poderão ouvir, mas também produzir conteúdo. Posso dar o exemplo da CBN: além das nossas
emissoras e afiliadas, estamos na internet não só para sermos ouvidos em tempo real, mas com a opção de sermos vistos, já que dispomos de câmeras nos estúdios de São Paulo e Rio de Janeiro. E os conteúdos ficam arquivados no site: comentários, boletins e entrevistas podem ser degustados on demand, quando o ouvinte desejar, havendo ainda a opção de esses arquivos serem baixados em podcast. Estamos no limiar da reinvençãodo rádio.”

Do Rio Grande do Sul, opinião de Cezar Freitas, gerente de jornalismo da Rádio Gaúcha de Porto Alegre:
“Sob o ponto de vista tecnológico, a transmissão digital não está num horizonte próximo. Considerando o conteúdo que fazemos na Rádio Gaúcha, vemos uma preocupação cada vez maior com a qualidade. Uma combinação de informação ágil e precisa com jornalismo que contribua com o debate e aprofundamento das
questões importantes de nossas comunidades. Aliás, a proximidade com o ouvinte passa cada vez mais a ser determinante na discussão da pauta ou na multiplicação dos pontos de contato e interação com o público. Seja por meios que as novas tecnologias oferecem ou mesmo pela aproximação física de nossos comunicadores em
programas ao vivo mais próximos de nossos ouvintes. Lembrando que nossas “rádios” são captadas não só por receptores tradicionais, mas por diversos equipamentos capazes de receber nosso produto, como Ipods, computadores, celulares. O rádio ganha novas formas de prestar serviço. E novas exigências do público.”

Do Paraná, opinião de Gilberto Fontoura, ex-diretor das rádios Independência AM, e FMs Brasil 104 e Globo 98 e atual Consultor de Rádio:
“O rádio do futuro é o rádio da segmentação. O rádio serviço, o rádio jornalismo, o rádio de prestação de serviços. O rádio das praias para operar em áreas limitadas. O rádio polícia em que os policiais conversem entre si. O rádio meio ambiente, tempo, clima, catástrofes, crimes contra a natureza. O rádio rural. O rádio Jazz-Rock-Blues. O rádio SOS. Mas acima de tudo o rádio com produção, muita produção, direção, gerenciamento. O rádio celebridades. Em São Paulo, eu faria, até, o Rádio Corinthians.
Importante: criação, imaginação. Cabeças pensando sempre. E limpeza total, absoluta, do dial: Xô pastores, xô políticos, xô sertanejão (isso é uma praga – aliás, acabo de comprar um CD da Maysa…). Rádio bossa-nova. E rádio Governo, tudo bem.
Rádio internet (como a rádio UOL, incluindo todas as prestadoras) . Pode ficar a Rádio Senado, Rádio Congresso.
Fundamental é uma varredura acabando com a mediocridade. E, claro, em cima disso mil idéias, arranjos, produções sem parar”.

De Santa Catarina, opinião de Antunes Severo, sócio fundador e primeiro presidente do Instituto Caros Ouvintes de Estudo e Pesquisa de Mídia. Professor de comunicação:
“O rádio nasceu como técnica. Com o radioamadorismo, virou meio social. Como meio social, é a força da radiodifusão. Hoje é o amigo oculto que está presente em todos momentos. É impossível ser solitário ao lado de
um radinho. O rádio estará cada vez mais presente na vida das pessoas, porque ele é a alma da comunicação.”

De São Paulo, opinião de Álvaro Bufarah, jornalista, especialista em política internacional, mestre e pesquisador
sobre rádio. Coordenador da Pós-Graduação em Produção e Gestão Executiva em Rádio e Áudio Digital da FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado:
“Diante do processo de digitalização do áudio, o rádio passa a ter uma grande gama de possibilidades na plataforma multimídia. Nela, o ouvinte ganha status de usuário e passa a interagir mais com a programação das emissoras. Além disso, temos um processo de segmentação que favorece as emissoras em terem novos canais
de áudio diferenciados para públicos cada vez menores. Para a sobrevivência empresarial diante desse processo, as rádios deverão investir em tecnologia, mas buscar a qualificação de seus profissionais para que atuem com
criatividade utilizando as características básicas do meio radiofônico (imaginação, suporte sonoro para ambientação de ações, baixo custo, agilidade etc.). Para este novo mercado, precisamos de novas formas de gestão de recursos financeiros e de pessoas. Precisamos reaprender a fazer rádio.”


FINAL,DOIS PONTOS :

1. Acredito na grandiosa gama de possibilidades técnicas e de conteúdo do rádio para enfrentar os novos tempos
e
2. Tenho esperança de que os radiodifusores façam investimentos de grande monta na aquisição de equipamentos técnicos e na formação de novos profissionais.

Fonte: http://www.carosouvintes.org.br

Rádio é o meio de comunicação cada vez mais utilizada por chineses





RÁDIO É COMUNICAÇÃO

Quando o assunto é alta tecnologia, a China tem tudo. Mas no país com o maior número de internautas do mundo, algumas pessoas estão optando por se manter em contato por meio de uma tecnologia mais antiga : o RÀDIO.
Armados de antenas, transmissores e receptores, crescente número de radioamadores chineses enviam mensagens codificadas ou fazem transmissões simples, na esperança de obter uma resposta. Dos 3 milhões de radioamadores do planeta, cerca de 90
mil vivem na China, de acordo com a Chinese Radio Sports Association, que supervisiona o licenciamento dos praticantes do hobby no mais populoso país do mundo. Para os membros do Beijing Sunny Radio Club, um final de semana perfeito significa vasculhar as freqüências de rádio e conversar com entusiastas do radioamadorismo em outras cidades e até em outros continentes. O estudante Wang Ranning, 15, é adepto do radioamadorismo há mais de quatro anos e o considera “encantador”.
“Os seus sinais podem chegar a uma pirâmide no Egito, ao Pentágono, nos Estados Unidos, passando pela Califórnia ou qualquer outro Estado antes de enfim atingirem uma pequena família na costa leste norte-americana”, disse Wang. Mais a
leste, Liu Jinsheng, o primeiro radioamador na cidade costeira de Qingdao, pondera que “nós só fomos autorizados a nos comunicar com os milhões de outros fãs mundiais do radioamadorismo depois que a China se abriu”. “Posso me comunicar
com pessoas distantes com uma simples antena. É diferente de usar a Internet, porque você depende de outras pessoas”, disse.
Com equipamentos ao preço inicial de apenas 200 iuans (30 dólares), o hobby é acessível para muitos dos chineses urbanos. E embora o número de radioamadores da China dificilmente deva rivalizar com os 340 milhões de usuários de Internet que
existem no país, seus praticantes ainda assim têm conseguido se comunicar com partes distantes do mundo.

Fonte: Reuters, em Pequim

TOME A PÍLULA DO RÁDIO





Assim como você toma um remédio para cada tipo de doença, aproveite e tome a pílula do rádio que você precisa.

PÍLULA DA PROXIMIDADE. O rádio fala com “você” em especial. A interação é individual entre ouvinte e locutor.

PÍLULA DA RAPIDEZ. A agilidade na informação conquista o ouvinte, que pode acompanhar um fato pelo rádio no momento em que ele acontece.

PÍLULA DA INFORMAÇÃO. O rádio é uma fonte ágil de informação, principalmente a local.

PÍLULA DA CIDADANIA. O rádio pode ser usado para ajudar o país a superar problemas graves como os altos índices de analfabetismo, pobreza e falta de informação.

PÍLULA DA EMOÇÃO. Sem imagens, o locutor te que improvisar e dar mais vibração a cada assunto comentado.

PÍLULA DO PRESENTE. O seu dia pode mudar após ganhar um brinde da sua rádio favorita.

PÍLULA DA PUBLICIDADE. É interessante saber o que se passa no comércio da região onde você mora e aproveitar os melhores preços.

PÍLULA DO SHOW. Como é legal saber que aquele show que você queria tanto assistir agora vai estar na sua cidade.

PÍLULA DO ENTRETERIMENTO. Não acredito que exista outro meio mais democrático de diversão para todas as classes sociais como este.

PÍLULA DO PASSATEMPO. O Rádio pode servir também de fonte de distração.

PÍLULA DA AMIZADA. O Rádio é um amigo. O locutor torna-se um conselheiro.

PÍLULA DA SOLIDARIEDADE. O rádio também serve de canal para uma família ajudar a outra mais necessitada.

PÍLULA DA CULTURA. O rádio dá instrução grátis. Você pode aprender qualquer coisa com o rádio,em casa e de graça.

PÍLULA DA ATRAÇÃO. O rádio possui um magnetismo próprio, característica única como veículo de comunicação. Por não podermos ver nosso interlocutor, o imaginamos do nosso jeito, da forma que gostamos. É nessa liberdade de pensarmos da nossa maneira, que ele nos conquista.

Viu só? Onde mais você pode aprender, você pode se emocionar, ganhar presentes, programar o fim de
semana, se divertir, conversar, conhecer, rever pessoas e pedir ajuda? Tudo isso sem pagar nada? Só
mesmo no rádio.

Fonte: Caros Ouvintes.

O VELHO E BOM JORNAL IMPRESSO E ACOMPANHEIRONA RÁDIO AM




Segundo um estudo da empresa de consultoria Pricewaterhouse Coopers os jornais impressos têm preferência dos leitores quando defrontados com a versão online. Foram ouvidas 4,9 mil pessoas de sete países. Cerca de 60% dos leitores, entre 16 a 29 anos preferem ter os jornais em mãos ao invés das edições digitais. Esta preferência é mais acentuada entre os leitores com idade acima dos 50 anos. Nesta faixa etária, a preferência pela edição impressa supera os 73%. A pesquisa foi realizada nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suíça, mas pode estar muito próxima da realidade brasileira também. É claro que leio noticias pela internet e a consulto diariamente. Mas ainda prefiro a consistência do jornal impresso, o ritual de seu manuseio, a escolha das noticias e o contato com seus editoriais. É claro também que as novas gerações tendem a preferir a internet se os jornais impressos não criarem novos atrativos para formar novos leitores.
Esta informação me remete ao Rádio AM que, como o jornal impresso de hoje, já teve seu fim anunciado diversas vezes. Primeiro, quando veio a televisão. Depois com a chegada da FM e agora com a internet. Se fosse feita uma pesquisa como essa sobre o meio rádio, tenho certeza que as rádios em AM, ganhariam com grande vantagem sobre os outros formatos. O rádio AM, por sua história e tradição é mais consistente. Seus programas têm mais conteúdo, seus comunicadores são mais envolventes, é aonde o ouvinte interage livremente, sem as amarras e
restrições dos outros formatos. Outra vantagem do AM é sua característica mais humana, próxima da nossa realidade. Na verdade há certo desprezo pelo rádio AM, como se fosse um veículo menor, inferior e assim é tratado, inclusive pelos radiodifusores que alegam custos altos, som ruim e tecnologia ultrapassada. Muitos
comunicadores também acham isso e as fábricas de receptores também. Com o advento do Rádio Digital criou-se uma expectativa positiva, de que rádio em AM teria mais alcance e a qualidade de FM. Expectativa frustrada, pelo menos até agora.
Creio que será preciso um freio de arrumação para recolocar o rádio AM em seu lugar. Uma parceria entre comunicadores, radiodifusores, agências de propaganda e especialistas em marketing. Como uma FÊNIX, o rádio AM vai renascer, com a força de sempre, para continuar encantando os ouvintes de todo país e de todas as
idades, sem preconceito.

Fonte: http://www.carosouv intes.org. br

A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO



Por Antonio Paiva Rodrigues

Um fiel escudeiro, cheio de surpresas, uma caixinha que fala que encanta as crianças na mais tenra idade. Certa vez notamos o espanto de um adolescente quando indagava: “Como pode essa caixinha falar”? Não
tem fios e mesmo assim funciona. Era o milagre da tecnologia quando do lançamento do rádio portátil, do rádio a pilha. Algumas crianças chegavam a balbuciar milagre, milagre, milagre. O rádio sempre foi e será um fiel escudeiro do homem. A voz encanta, corta a noite, as madrugadas frias e calorentas, encanta no verão, no inverno e em todas as estações do ano. Lança ao ar belas melodias, através das ondas curtas,médias e de freqüências moduladas. É sempre agradável a companhia do rádio, seja grande ou pequeno, ele transmite os grandes espetáculos, as grandes tragédias e assim vamos nos inteirando do que acontece.
O rádio aproxima os povos, desperta a atenção por línguas diferentes e nos leva a imaginar como será a vida em determinados países. Senhoras e senhores nosso alô, estamos no ar, tudo bem! Uma voz bela e
suave soa do outro lado, mas bem junto de nós. “O rádio provoca uma aceleração da informação que também se estende a outros meios. Reduz o mundo a uma aldeia (....). Mas, ao mesmo tempo em que reduz o mundo da dimensões de aldeia, o rádio não efetua a homogeneização dos quarteirões da aldeia.
Bem ao contrário”. Ganhar contornos lentamente, popularizar as transmissões, essa era a missão inicial do rádio. Embora a indústria fonográfica já existisse desde o final do século 19. Elba Dias da Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro se tornava musa do rádio. Incentiva cantores nessa fase embrionária e daí nascem figuras exponenciais como Francisco Alves e Mário Reis. Surge então o interesse pela produção
de discos e de espetáculos. O popular vai dando lugar ao erudito, a publicidade começa dar o ar da sua graça, fazendo com que Roquette-Pinto e Henry Morize dessem um largo passo para a massificação pela busca incessante de anunciadores. A publicidade surge oficialmente no dia primeiro de março de 1932,pelo Decreto 21.11, que estipula o máximo de 10% de veiculação comercial sobre toda programação da
emissora. O elenco fixo no rádio surge pelos idos dos anos 1930. É o tempo dos artistas exclusivos, das rádionovelas, dos programas humorísticos e dos programas de auditório. Surge então à comunicação de massa em 1940, no Estado Novo. A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, alça o rádio à condição de veículo de massa, conforme o gosto dos ouvintes, sempre na busca excessiva dos grandes comerciais. A radiodifusão é uma palavra de nossa língua equivalente em inglês a broadcasting, cuja sinonímia está relacionada a algo como semear aos quatro ventos. É isso que o rádio faz: emite sinais através de ondas eletromagnéticas. Existe diferença entre rádio e radiodifusão? Sim. Radiodifusão compreende os dois veículos – televisão e rádio – que transmitem por meio de ondas radioelétricas, as notícias, os programas etc., destinados à recepção pública. Compreende a radiodifusão sonora ( o rádio) e a radiodifusão de sons e imagens (a televisão). Enfim, é a radiocomunicação. O rádio tem aspectos diferenciados, como radiofonia, onde se destacam o radioator e radiocultura. Pode ser também um meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a
audiências numerosas. A radiotelefonia, a transmissão de voz sem fios, se convencionou chamar de rádio.
Isso pelos idos de 1916, quando o russo radicado nos Estados Unidos da América no Norte David Sarnoff, anteviu a possibilidade de cada indivíduo possuir em sua casa um aparelho receptor. Com audiência ampla, heterogênea e anônima sua mensagem é definida por uma média de gosto e tem quando transmitida, baixo retorno (feedback). Os estudiosos Rabaça e Barbosa afirmam ainda ser o rádio um veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação.
Música, notícias, discussões, informações de utilidade pública, programas humorísticos, novelas, narrações de acontecimentos esportivos e sociais, entrevistas e cursos são os gêneros básicos dos programas. Os serviços de radiodifusão – rádio e televisão – são prestados mediante concessão do Estado,
que considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamento e normas.

Artigo publicado no site: www.carosouvintes.org.br

O QUE ACONTECE COM O RÁDIO?

Por Ubiratan Lustosa


O Rádio brasileiro passa por grandes dificuldades. A coisa vem acontecendo faz tempo e se avoluma cada vez mais. Além da enxurrada de concessões feita por diversos governos, há outros problemas a considerar. Primeiro, alguns radiodifusores
deixaram sucatear os transmissores de Ondas Curtas. De repente começaram a se desfazer deles. Os tradicionais ouvintes dessa faixa ficaram a ver navios. Depois, deixaram que deteriorassem os transmissores de Ondas Médias, e passaram a arrenda-los
ou vende-los para empresas que modificaram estruturalmente as programações das emissoras. E aqueles fiéis ouvintes das Ondas Médias foram desrespeitados. Tudo isso baseado na falsa premissa de que não há mais ouvintes para esse tipo de transmissão; os ouvintes de agora preferem o rádio pela internet, dizem eles. Tolo engano. É imensurável o número de ouvintes das Ondas Médias, gente que gosta até do seu som característico (os DEXISTAS que o digam) e lá nos cafundós do interior brasileiro há muita gente lamentando o desaparecimento de certas emissoras de Ondas Curtas.
Sintonizando-as tinham diversão e ficavam informados sobre o que acontecia no Brasil e no mundo. Gente humilde, não tem contato com os computadores. Mas ouve rádio. (Engraçado, se não há mais ouvintes por que alguém as arrenda ou compra?) Nessa leva de novos radiodifusores, vieram muitos sem qualquer afinidade com o meio radiofônico, comprometidos apenas com interesses políticos ou religiosos.

Nada contra suas preferências políticas ou crenças religiosas. Nada contra terem emissoras de rádio desde que não desfigurassem as características primordiais à boa radiofonia e que não entregassem as emissoras nas mãos de ineptos em substituição aos profissionais autênticos e competentes. Ao mesmo tempo em que isso vem acontecendo, o mercado de trabalho vai escasseando e muitos profissionais perderam seus empregos. A radiofonia foi invadida por muita gente totalmente
destituída de requisitos essenciais à atividade radiofônica: a sensibilidade e o talento. Nem todos servem para essa profissão.

Essa degringolada causada por esses novos e improvisados radiodifusores e radialistas ocasiona uma série de inconveniências. As emissoras perdem a sua identidade, deixam de dar atenção preferencial à cidade em que se encontram, ao estado a que pertencem. Sua finalidade é desvirtuada. Gera-se desemprego para os verdadeiros profissionais do ramo. Ao obter a concessão para se instalar uma emissora de rádio, assumem-se compromissos explícitos junto ao poder concedente, e implícitos com a população da cidade/estado onde a emissora é instalada. Por isso, se for legal não é correto esse “aluguel” de prefixos que vem ocorrendo, por ser contrário aos interesses das populações locais que na emissora de sua cidade passam a ouvir notícias e assuntos que não do seu interesse, mas de interesse dos que moram em outras cidades/estados. É, no mínimo, uma desconsideração o que o velho DENTEL não permita. Não sei agora. E para aqueles que acham que os ouvintes estão sumindo,
um pequeno lembrete: Para cativar a preferência popular a emissora precisa de um som aceitável, o que se obtém com bom equipamento e um técnico competente. Em seguida, é imprescindível uma boa programação, o que só é possível com profissionais do ramo, talentosos, sensíveis, capazes de captar o gosto popular na região m que atuam. Como manter isso? Com bons contatos (corretores) integrando um departamento comercial eficiente. E para cumprir a finalidade da radiofonia, basta seguir o velho lema do Rádio: DIVERTIR EDUCANDO, EDUCAR DIVERTINDO. Quem se acha incapaz de fazer isso não
deve entrar nesse ramo.

O RÁDIO AM E O DESPREZO DA SOCIEDADE





Um dos grandes problemas enfrentados pelo rádio AM nos dias de hoje é o desprezo
promovido pela sociedade, que não tem tido a preocupação necessária com seus rumos,
nem fiscaliza as emissões, nem exercita uma visão crítica do que se passa nas
programações. Outro problema é a falta de apoio dos órgãos de publicidade, que não aplicam planos de mídia adequados para conquista de público, nem rediscutem o
problema das verbas publicitárias, que muitas vezes vão para o rádio de forma
minguada e baseada, não em critérios técnicos, e sim, em discursos do tipo “vou fazer
esta propaganda para o ajudar”. Em muitos casos, temos também a falta de preocupação
dos jovens com a programação de qualidade – preferem alienadamente uma programação musical, sem teor cultural nem informação, promovida pelo rádio FM. A formação de locutores também é um problema, pois apesar dos programas dos cursos serem baseados nos ideais de uma programação ética e de qualidade não há fiscalização das ações dos novos radialistas que, ao fazerem programas arrendados, dizem o que querem ou o que lhes mandam dizer.

Ética e cidadania

Outro exemplo de descaso são nos novos aparelhos de mídia, como Mp4, Ipod, Mp3 e outros equipamentos de som que são desprovidos da faixa AM, o que prova um descompromisso e um desconhecimento da importância do rádio AM na história do
nosso país e na reunião da sociedade nos grandes eventos político-culturais de nossas
comunidades. A luta pela valorização do Rádio AM tem que ser bandeira dos grupos
organizados de nossa sociedade, sejam cursos de jornalismo e publicidade, seja a
Associação das Emissoras, Sindicatos de Jornalistas e Radialistas, assim como todos os grupos que precisam defender uma comunicação livre, democrática e, sobretudo, digna e ética. É urgente criar projetos que procurem formar novos ouvintes que exerçam sempre um uso crítico deste meio de comunicação para que a forma como o rádio vem sendo feitos seja questionada e todos os usuários deste meio de comunicação sejam respeitados tanto na mensagem que vem até eles quanto no tipo de programação que lhes é apresentado. É importante que se façam fóruns, debates e discussões sobre o meio rádio em todos os cursos de comunicação e que a formação de locutores seja baseada em conteúdos de ética, solidariedade, respeito ao próximo, cidadania e desenvolvimento de práticas sociais consistentes para melhoria do nível cultural de nosso povo.

Atenção e renovação

É de grande alvitre que se fomentem ações que tenham como missão o fortalecimento
do meio rádio no tocante às emissões e ao aparelhamento técnico das rádios para que
haja qualidade dos programas tanto no aspectos operacionais como nos discursos
proferidos pelos radialistas, que muitas vezes emitem mensagens preconceituosas, de
atrelamento político subserviente e de desrespeito aos que buscam este meio de
comunicação. O rádio é um grande meio de comunicação precisando ser respeitado
tanto pelos que nele trabalham quanto pelos que ouvem e esse respeito é traduzido na
participação do ouvinte, que deve ser concisa, séria e desatrelada de interesses. Os que hoje se dizem proprietários das emissoras precisam investir na programação buscando modernizar os estúdios e dota-los de equipamentos que permitam uma emissão
qualificada para que as pessoas entendam o que têm nos programas e compreendam o
conteúdo de cada programa. O respeito ao rádio deve ser buscado pela sociedade, pois o rádio sempre foi e será um meio de comunicação dos mais versáteis e dos mais
importantes no quesito de chegada ao povo e na certeza de uma comunicação
instantânea, rápida e extremamente popular. Precisamos defender o rádio que fala nossa linguagem, que emite nossa cultura e diz os anseios do povo. Devemos rechaçar as emissões importadas e valorizar a programação local no sentido de que os que ouvem
rádio precisam saber de sua terra, seus problemas e as possíveis soluções – o rádio
precisa ser regional tanto na programação quanto nas iniciativas. O rádio é nosso,
precisa ser reconhecido como nosso e merece, sobretudo, atenção, renovação e busca da
qualidade para o bem de todos e melhoria de nossa sociedade.”

Por Francico Djacyr Silva e Souza Observatório da Imprensa

USANDO UM RADIO DE ONDAS CURTAS





Alguns radio escutas compram os mais caros rádios que podem adquirir mas se vêem desapontados quando não conseguem ouvir certas estações e outras coisas que querem ouvir. Acreditando que é deficiência do receptor, vendem para outros praticantes de escuta. Alguns meses depois, o proprietário original do receptor observa em boletins de clubes DX que o ouvinte que comprou seu receptor o está utilizando para ouvir todo tipo de DX raro. A explicação é porque é necessária habilidade para extrair o máximo de um rádio. Esta habilidade envolve o reconhecimento das condições de recepção e ser capaz de ajustar os controles do radio e suas características para a melhor recepção sob aquelas condições.

Usar um radio de ondas curtas, especialmente um modelo de comunicações, mostra que um conjunto de habilidades é necessário para obter o máximo desempenho, e para isto, é necessário tempo e esforço. Um radio escuta experiente usando um receptor mediano irá consistentemente obter melhor recepção, particularmente de sinais DX, que um inexperiente usando um radio de comunicações estado-da-arte.

Um ponto a ser entendido, é que o receptor não pode fazer tudo por si só. Um bom receptor deve ser conectado a um bom sistema de antena, devido ao receptor poder apenas trabalhar os sinais providos pela antena. E como podemos observar com o estudo da propagação, as condições de recepção representam a parte mais importante na determinação de se poder ou não ouvir uma estação. Estes condições mudam de estação do ano para estação ( e até de dia para dia ) e determina os limites reais do que é possível ouvir. Por exemplo, independente de quanto bom seja o receptor e a antena utilizada, será impossível ouvir uma estação da África em 90-metros durante a tarde aqui no Brasil.

A melhor forma de usar os controles do radio de ondas curtas varia com as condições de recepção e os sinais que se tenta captar. O uso correto do AVC/AGC de um radio e do branqueador de ruídos pode determinar se será possível entender o sinal ou não. O mesmo se aplica para o controle de ganho de RF. Por exemplo, muitos radio escutas encontram recepção melhor em SSB que se abre todo o volume de áudio do receptor e se usa o controle de ganho de RF como um controle de "volume". Este técnica não funciona com todos os receptores ou sinais, mas é o tipo de coisa que precisa ser aprendida através da experiência e pratica.

A seleção da largura de banda adequada é algo a ser aprendido com o tempo. É possível, por exemplo, sintonizar uma sinal AM de 6 kHz de largura usando um filtro de 2.7 kHz sem recorrer à técnica ECSS. Isto é feito através de sintonia de forma a receber a portadora AM original e um pedaço de uma das bandas laterais. Isto resulta em um áudio "cortado" e com perda de fidelidade, mas pode significar a diferença de um sinal legível e sua não identificação. O uso do PBT/VBT ou filtro "notch" para se alcançar melhores resultados é algo que precisa ser aprendido com o tempo e pratica.

Existem diversos "truques" que se aprendem na prática. Algumas vezes a melhor recepção de um sinal AM pode ser obtido através da sintonia de um kHz por exemplo, deslocado da freqüência da portadora. A melhor forma de aprender estas técnicas é tentar diferentes combinações dos diversos controles se utilizando por exemplo, das estações locais. Experimente sintonizar uma emissora potente local utilizando o modo USB ou LSB de seu rádio. Tente ajustar o controle de ganho de RF e utilize diversas larguras de banda disponíveis. É mais fácil aprender em sinais fortes como estes do que com sinais fracos em faixas congestionadas.



Deve-se desenvolver os ouvidos de radio escuta. A experiência leva a reconhecer sinais fracos enterrados em interferência de emissoras adjacentes que podem ser aprimorados através do uso de banda passante estreita ou ECSS. Os sinais DX, por definição, não são fortes e nem fáceis de serem notados. Os mais experientes ouvintes descobrem que algo está no "fundo do poço".

http://www.sarmento.eng.br

QUE ANTENA DEVO USAR ?




A localização do rádio e a posição da antena interna ou a telescópica original são importantes para a recepção satisfatória tanto em Ondas Curtas quanto em AM ou em FM.

Em Ondas Médias, o rádio portátil utiliza uma antena interna de ferrite que é direcional, logo, quando a recepção não estiver boa, é regra mudar a posição do rádio, até se achar uma direção adequada a melhor recepção. Para FM, utiliza-se a antena telescópica, que também poderá demandar uma mudança de posição para se conseguir melhor qualidade no sinal recebido.

Porém, em Ondas Curtas, alguns fatores são determinantes para uma escuta favorável : a antena e sua localização. Normalmente, o uso das antenas telescópicas embutidas nos receptores deverão nos proporcionar a escuta de emissoras potentes presentes nas diversas faixas dependendo do horário da escuta. Mas infelizmente, existem diversos fatores externos que prejudicam a recepção, são os ruídos elétricos produzidos pelo homem. Em especial nos grandes centros urbanos, as redes elétricas aéreas, a manutenção deficiente dos componentes de geração e transmissão de energia elétrica, o advento recente das lâmpadas eletrônicas mais eficientes, são grandes ofensores à prática da escuta das ondas curtas.

Observe que existe um ruído inerente as condições atmosféricas próximas a região da escuta, que afetam a qualidade da recepção. Estes ruídos podem ser provocados pelos fenômenos relacionados a propagação ionosférica, ou atmosférica, sendo que esta última, tem uma abrangência mais localizada. Resumindo, em dias de tempestades ou grande atividade elétrica na atmosfera, ouvimos em algumas faixas ruídos que se assemelham aos gerados por quedas de raios. Estes ruídos, não são atenuados por melhores antenas, pois estes se propagam na natureza junto com as emissoras que queremos sintonizar.

Uma "dica" para melhorar a recepção, é a adaptação de um fio elétrico de aproximadamente 7 metros de extensão e de 1 mm de diâmetro, com uma garra "jacaré" soldada na ponta do fio. Sem estender a antena telescópica, prenda a garra jacaré na base da antena telescópica, e mantenha o fio totalmente esticado, de preferência horizontalmente.

Caso o local da escuta seja em apartamento, deve-se primeiramente posicionar o rádio com a antena telescópica estendida próximo à janela. Caso o resultado não seja satisfatório, recolha a antena telescópica e fixe a garra "jacaré" a base da antena, e estenda o fio para fora da janela.

Tenha atenção em especial quanto as condições de segurança, para que o fio não invada a janela dos vizinhos abaixo, ou pior, não entre nos condicionadores de ar e cause um acidente de graves proporções. Também, dê ciência aos moradores que estejam abaixo, e explique para que serve o fio.

fonte: http://www.sarmento.eng.br

BBS WS com emissões especiais em Onda Curta para o Haiti:

BBS WS com emissões especiais em Onda Curta para o Haiti:


Depois do trágico sismo que atingiu o Haiti, a BBC WS terá emissões extraordinárias em Onda Curta, destinadas a servir o Haiti. Assim, o serviço mundial (World Service) da BBC em inglês emite das 1200-1300 UTC, nos 11860 kHz (25m) e 9410 kHz (31m), nos seguintes dias:


Sábado e domingo, dias 16 e 17 de Janeiro - 1200-1300 UTC
segunda a sexta (próxima semana - 18 a 22/01) - 1215-1300 UTC


Recorde-se que a emissora pública britânica abandonou as emissões HF/OCurta para as Caraíbas, mas agora reactiva o serviço temporariamente, na sequência da situação catastrófica do Haiti. Mais informações podem ser consultadas (em inglês) no site da BBC World Service.

Voz da América alarga serviços em crioulo do Haiti





Voz da América alarga serviços em crioulo(Um Crioulo de base portuguesa é uma língua crioula com base lexical na língua portuguesa.) do Haiti:
Depois da tragédia no Haiti, as emissoras de radiodifusão internacionais tentam ajudar as populações haitianas, transmitindo informações úteis nas suas emissões, mas também alargando os horários, de modo a servir melhor este pobre país das Caraíbas.

A Voz da América (VoA - Voice of America) alargou os horários de transmissão em crioulo haitiano, passando a emitir 5 horas diárias para a população do Haiti. Estas transmissões poderão ser ouvidas na Onda Curta, via satélite, mas também em Onda Média, através da frequência 1180 kHz (emissor de Marathon, Florida).

Assim, o serviço para o Haiti emite nas seguintes frequências e horários:

0100-0200 UTC - 1180 kHz / 5960 kHz /7465 kHz
1230-1330 UTC - 1180 kHz /6135 kHz /9660 kHz
1730-1930 UTC - 1180 kHz/ 15390 kHz /17565 kHz
2200-2300 UTC 1180kHz / 11905 kHz/ 13725 kHz

As notícias e informações em crioulo haitiano podem ser consultadas no endereço http://www.voanews.com/creole/index.cfm .

sábado, 30 de janeiro de 2010

Rádio Lenoxx Sound RP-59





Este é o lançamento da empresa brasileira Lenoxx para as faixas de ondas curtas. Este aparelho é produzido na China. No site do fabricante existe a disponibilidade de acesso ao manual do aparelho em PDF. Fabricante nacional que disponibiliza ao rádio escuta brasileiro este acesso!

Lenoxx Sound RP-59

Conversão: Simples

Mostrador: Analógico

Freqüências:
FM: 64 MHz a 108 MHz.
AM: 530 kHz a 1.600 kHz
SW1: 3.600 kHz a 4.100 kHz
SW2: 5.800 kHz a 6.500 kHz
SW3: 7.000 kHz 7.700 kHz
SW4: 9.400 kHz a 10.200 kHz
SW5: 11.500 kHz a 12.100 kHz
SW6: 13.100 kHz a 13.900 kHz
SW7: 15.000 kHz a 15.900 kHz.
SW8: 17.300 kHz a 18.000 kHz
SW9: 21.300 kHz a 22000 kHz

Sensibilidade
FM: menor que 10 mV
OM: menor que 504 mV
SW: menor que 32 mV

Alimentação: 3 Pilhas grandes (D) ou 120/230V

Dimensões (A, L, P) = 150 mm x 240 mm x 72 mm
Fone de ouvido: sim
Peso (sem pilhas): 1 Kg