segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO



Por Antonio Paiva Rodrigues

Um fiel escudeiro, cheio de surpresas, uma caixinha que fala que encanta as crianças na mais tenra idade. Certa vez notamos o espanto de um adolescente quando indagava: “Como pode essa caixinha falar”? Não
tem fios e mesmo assim funciona. Era o milagre da tecnologia quando do lançamento do rádio portátil, do rádio a pilha. Algumas crianças chegavam a balbuciar milagre, milagre, milagre. O rádio sempre foi e será um fiel escudeiro do homem. A voz encanta, corta a noite, as madrugadas frias e calorentas, encanta no verão, no inverno e em todas as estações do ano. Lança ao ar belas melodias, através das ondas curtas,médias e de freqüências moduladas. É sempre agradável a companhia do rádio, seja grande ou pequeno, ele transmite os grandes espetáculos, as grandes tragédias e assim vamos nos inteirando do que acontece.
O rádio aproxima os povos, desperta a atenção por línguas diferentes e nos leva a imaginar como será a vida em determinados países. Senhoras e senhores nosso alô, estamos no ar, tudo bem! Uma voz bela e
suave soa do outro lado, mas bem junto de nós. “O rádio provoca uma aceleração da informação que também se estende a outros meios. Reduz o mundo a uma aldeia (....). Mas, ao mesmo tempo em que reduz o mundo da dimensões de aldeia, o rádio não efetua a homogeneização dos quarteirões da aldeia.
Bem ao contrário”. Ganhar contornos lentamente, popularizar as transmissões, essa era a missão inicial do rádio. Embora a indústria fonográfica já existisse desde o final do século 19. Elba Dias da Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro se tornava musa do rádio. Incentiva cantores nessa fase embrionária e daí nascem figuras exponenciais como Francisco Alves e Mário Reis. Surge então o interesse pela produção
de discos e de espetáculos. O popular vai dando lugar ao erudito, a publicidade começa dar o ar da sua graça, fazendo com que Roquette-Pinto e Henry Morize dessem um largo passo para a massificação pela busca incessante de anunciadores. A publicidade surge oficialmente no dia primeiro de março de 1932,pelo Decreto 21.11, que estipula o máximo de 10% de veiculação comercial sobre toda programação da
emissora. O elenco fixo no rádio surge pelos idos dos anos 1930. É o tempo dos artistas exclusivos, das rádionovelas, dos programas humorísticos e dos programas de auditório. Surge então à comunicação de massa em 1940, no Estado Novo. A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, alça o rádio à condição de veículo de massa, conforme o gosto dos ouvintes, sempre na busca excessiva dos grandes comerciais. A radiodifusão é uma palavra de nossa língua equivalente em inglês a broadcasting, cuja sinonímia está relacionada a algo como semear aos quatro ventos. É isso que o rádio faz: emite sinais através de ondas eletromagnéticas. Existe diferença entre rádio e radiodifusão? Sim. Radiodifusão compreende os dois veículos – televisão e rádio – que transmitem por meio de ondas radioelétricas, as notícias, os programas etc., destinados à recepção pública. Compreende a radiodifusão sonora ( o rádio) e a radiodifusão de sons e imagens (a televisão). Enfim, é a radiocomunicação. O rádio tem aspectos diferenciados, como radiofonia, onde se destacam o radioator e radiocultura. Pode ser também um meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a
audiências numerosas. A radiotelefonia, a transmissão de voz sem fios, se convencionou chamar de rádio.
Isso pelos idos de 1916, quando o russo radicado nos Estados Unidos da América no Norte David Sarnoff, anteviu a possibilidade de cada indivíduo possuir em sua casa um aparelho receptor. Com audiência ampla, heterogênea e anônima sua mensagem é definida por uma média de gosto e tem quando transmitida, baixo retorno (feedback). Os estudiosos Rabaça e Barbosa afirmam ainda ser o rádio um veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação.
Música, notícias, discussões, informações de utilidade pública, programas humorísticos, novelas, narrações de acontecimentos esportivos e sociais, entrevistas e cursos são os gêneros básicos dos programas. Os serviços de radiodifusão – rádio e televisão – são prestados mediante concessão do Estado,
que considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamento e normas.

Artigo publicado no site: www.carosouvintes.org.br

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